A história da Escola Estadual Professora Oscália Góes Correa Santos começou há 30 anos em Rio Claro, quando o prédio foi entregue à população, em 5 de novembro de 1988.
Atualmente, atende aproximadamente 960 alunos do fundamental II e médio, nos períodos da manhã, tarde e noite.
Parte do que representa para toda comunidade de docentes e alunos foi contada em um documentário produzido por estudantes, em parceria com o Grupo Kino-Olho, exibido durante evento comemorativo realizado na unidade e que contou com a presença de ex-professores e diretores que contribuíram ao longo dos anos com o trabalho desenvolvido no local e com o prefeito João Teixeira Junior, Juninho da Padaria. “A proposta foi envolver os alunos na produção do documentário para que percebessem a importância da história na construção do futuro.
Se o passado não nos oferece êxito, podemos repensar nossa ação para o futuro e construí-lo à nossa maneira. Contar a história da escola por meio do vídeo foi importante para nos fazer refletir sobre a escola que fomos, a escola que estamos sendo e a escola que queremos”, explicou a professora Talita Bordignon.
A estudante Érika dos Santos de Araújo, de 15 anos, foi a diretora do documentário. Para ela, o trabalho trouxe outra visão em vários aspectos. “Pudemos conhecer a versão dos entrevistados sobre a escola. O que mais me chamou a atenção foi a persistência dos professores para com os alunos. O amor e a motivação que eles têm ficaram mais claros”, declarou.
Uma das principais características dos docentes é estimular os alunos e mostrar que eles são capazes. Com estas palavras, a diretora Eliene Siqueira Vilela abriu a solenidade, que contou com apresentação da fanfara do Projeto Pró-Jovem.
A supervisora de Ensino Helen Polezi destacou o crescimento da unidade nos últimos dez anos. “Por parte da escola, tanto na questão de conteúdo como atitudinal do ser e sócio emocional, tudo isso reflete no melhor aprendizado, na confiança e até o olhar da sociedade com relação à escola. Se você dá oportunidade, os alunos criam”, afirmou.
Em seguida, os presentes puderam prestigiar o talento da ex-aluna e cantora Suelen Karine, que não poupou elogios aos profissionais da época em que ela estudou na escola, em especial à diretora. “Estou muito emocionada. A Escola Oscália faz parte da minha história. Agradeço as professoras Rosimar Camarinha e Rosalina Henrique, a Arlete Mariuza Mathias, que foi a melhor diretora de todas as escolas.
Eu sou uma artista graças a Deus e a essas pessoas que fizeram parte da minha vida, a Arlete é uma delas. Eu tinha 16 anos, ela disse que eu era muito talentosa e pagou um curso de pintura em tela para mim. Foi tudo para minha carreira. Tenho muita gratidão pela escola Oscália”, disse entre uma música e outra. Em seguida, posou para fotos.
Profissionais e estudantes tiveram a honra de receber também a neta da Professora Oscália, que contribuiu com depoimento para o documentário e ainda doou para a escola um álbum de fotos e recortes de jornais sobre o estabelecimento de ensino. “Uma honra ter sido convidada, sou de Piracicaba, mas me encontraram por meio das redes sociais e surgiu o convite”, disse Célia Regina dos Santos Signorelli, que esteve há 30 anos na escola durante a inauguração.
A neta destacou ainda o dom da avó. “Ela era uma pessoa que gostava muito de escrever, não teve oportunidade de fazer livros, mas tinha o dom da poesia e decorar os textos, até os 90 anos ela falava o poema inteiro de Castro Alves, ‘Navio Negreiro’. Sobre ensinar, foi um dom que herdei”, declarou Célia, de 74 anos, que também foi professora.
A Dirigente Regional de Ensino de Limeira, Isabel Cristina Fodra, avaliou o quão importante é reunir profissionais que marcaram o ensino no local e falou dos desafios em geral na educação. “São vários os desafios: a participação dos alunos em sala de aula e melhorar a qualidade das aulas são alguns. Eles precisam cooperar com o trabalho dos professores e os professores diversificarem as atividades. É um trabalho de toda uma equipe para melhorar a qualidade de ensino”, afirmou.
Quanto às necessidades do prédio da Escola Oscália, uma espera que já dura anos é a cobertura da quadra. Inclusive, citada no documentário, com inúmeros pedidos a todos os governos estaduais. “Isto é o mínimo que poderia ser feito. Ainda aguardamos e não vamos perder a esperança”, disse a estudante Érika.