Por mais que o governo se empenhe através do Ministério da Saúde na compra de vacinas, ainda deixa muito a desejar no que tange ao abastecimento do produto em nosso país, onde milhares de pessoas, mormente os idosos, aguardam ansiosos a oportunidade de serem vacinados com fé e esperança de que o vírus da doença seja extinto.
Para ilustrar essas observações iniciais, nessa última quinta-feira, vários países acusaram o comportamento das economias ricas como responsáveis pela escassez de vacinação contra a Covid-19 no mundo, principalmente nas regiões mais pobres do planeta.
Pelo menos nove capitais brasileiras já sinalizaram a falta de estoque ou informaram que as doses de vacina contra o vírus do coronavírus vão acabar nos próximos dias. São elas: Rio de Janeiro, Natal, Manaus, Porto Velho, Curitiba, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis e Goiânia.
Dessa forma, as capitais aguardam pela reposição dos lotes pelo Ministério da Saúde, tanto é que alguns municípios do Estado de São Paulo já relataram que interromperam o processo de vacinação de alguma forma. É o caso de Guarulhos, Itapecerica da Serra, Paulínia, Itaquaquecetuba, Suzano e Ferraz de Vasconcelos.
Nessas condições, há de se destacar o caso de Rio Claro e que não poderia ser diferente dessas cidades, cujo estoque do medicamento não foi o suficiente para imunizar os idosos que ainda aguardam o processo de vacinação, mas sabemos lá quando teremos a reposição do estoque para atender a demanda desse serviço.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prometeu aos governadores que serão distribuídos cerca de 230 milhões de doses de vacina até o final de julho, sendo que até dezembro o governo projeta distribuir cerca de 315 milhões até 2021.
Tem-se a impressão de que o titular da pasta da Saúde se empolga quando fala em números, por isso, precisamos ficar atentos e acompanhar o andamento dessas promessas que, certamente, ficam as dúvidas sobre a realização desse feito, diante desses números elevados, porém, haveremos de acreditar nesses sonhos do ministro Eduardo Pazuello.
Enquanto o governo promete, o número de óbitos se eleva e cresce com uma média de 1.040 a 1.050 mortes diárias, o que vem se constituir numa das grandes preocupações já vistas em todo o mundo, e o Brasil, por sua vez, de acordo com os noticiários da mídia, principalmente da televisão, já supera as demais nações em matéria de vidas perdidas.
Há de se ressaltar nesta oportunidade o fato de que a escassez de vacinas contra a Covid-19 se agrave nos próximos dias em função da divergência de cotas que cada município tem a receber e, pelo que pudemos apurar, a distribuição é feita pelo Ministério da Saúde proporcionalmente à população de cada município de acordo com a projeção do censo de 2010.
Mesmo com esse critério, os noticiários da televisão mostram com muita precisão a falta de doses e o excesso de leitos ocupados, acrescentando a essa situação que a falta de mais leitos tem provocado a morte de algumas pessoas, por mais que os organizadores se dediquem a salvar vidas, não poderão fazer milagres diante de um quadro extremamente difícil, pelo menos de momento.
Além do que já narramos até aqui, o diretor o Instituto Butantan, Dimas Covas, foi muito objetivo ao afirmar que há escassez de vacinas contra o vírus da doença no mundo, um fato que impossibilitou um programa mais extensivo de vacinação e que se refere à estratégia do Programa Nacional de Imunização (PNI).
Enfim, há de se valorizar o esforço dos homens que se dedicam à luta, no sentido de normalizar o processo de vacinação em todo o país.