Em maio deste ano, os caminhoneiros pararam as rodovias de todo país por 11 dias em protesto contra o alto preço pago pela categoria para conseguir trabalhar.
Entre os tópicos, preço do diesel e frete.
Com os rumores sendo repassados sobre uma possível nova paralisação dos caminhoneiros em todo o país, entidades que representam a categoria se posicionaram alegando que as informações sobre a greve não procedem.
Em nota, a Federação dos Caminhoneiros do Estado de São Paulo comunicou. “Em virtude de uma nota distribuída nas redes sociais tratando da deflagração de uma nova greve nacional dos transportadores autônomos a partir do próximo dia 10 de setembro, a Federação dos Caminhoneiros de São Paulo – FECAM-SP assume a posição clara e inequívoca de REPUDIAR tal irresponsabilidade e DENUNCIAR, com todas as letras, essa UDC – Brasil, uma entidade fictícia, totalmente desconhecida no meio dos transportadores autônomos rodoviários de cargas”.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros também emitiu comunicado destacando os novos preços de referência para o óleo diesel, que registram alta de até 14,4% em alguns estados, conforme publicou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM), defensora dos direitos dos caminhoneiros autônomos do país e entidade responsável pelas negociações com o Governo durante a paralisação geral da categoria, informa que já solicitou à Casa Civil uma audiência para tratar do referido aumento.
A entidade entende que, independente do aumento do preço internacional, o Governo deve cumprir a Medida Provisória nº 838/2018 e manter a subvenção de R$ 0,46 do valor do diesel até o final do ano. A ABCAM se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o Governo Federal e reforça que não há qualquer movimentação de paralisação por parte das entidades representativas do setor de transportes”.
A ABCAM esclareceu ainda que “desconhece a representatividade da União dos Caminhoneiros (UDC)”. “Pedimos que a população fique tranquila, pois estamos em constante diálogo com o Governo. As demandas da categoria foram atendidas e qualquer ajuste que se faça necessário, será realizado em acordo com os órgãos governamentais”, finalizou.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) afirmou desconhecer qualquer indício de greve entre a categoria. “A Confederação descarta qualquer mobilização entre sua base sindical, formada por 140 sindicatos e oito federações espalhados por todo o país. A CNTA reitera que o direito de greve legal é instalado somente por meio de assembleias específicas pelos sindicatos representativos da categoria”, comunicou.
O Presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos Rodoviários – Sintrarc, Gilvon Barbosa, foi enfático. “Deixarei bem claro: nós, aqui de Rio Claro, a FECAM-SP e a ABCAM não apoiamos, não orientamos, ou solicitamos qualquer coisa nesse sentido de caminhoneiro fazer greve. Não somos a favor disso. Não é o momento. Quem está tentando fazer isso, está com motivos eleitoreiros”, afirmou.
A União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC), citada pelas entidades como disseminadora da informação de uma nova greve, não retornou os contatos feitos pelo Diário do Rio Claro.
Entre os caminhoneiros consultados pela reportagem do Cententário, uns disseram não terem sido informados, nem consultados sobre uma nova paralisação. Outros, no entanto, afirmaram que tudo pode mudar após o feriado.