Tradição
Seja por tradição ou por superstição, a noite de Ano-Novo é repleta de “rituais”. Por todos os lados, é possível ver manifestações culturais das mais variadas, carregadas de simbolismos. Assim, para começar o ano com o pé direito, entram em cena crendices populares, lendas, religiões ou mesmo fatos históricos.
Conheça a origem de alguns dos costumes brasileiros na noite de Réveillon. Se vão dar sorte ou certo, não se pode afirmar, mas vale a tentativa!
Usar branco
É uma tradição herdada das religiões de matriz africana e afro-brasileira, tais como o candomblé e a umbanda, que acabaram se popularizando no Brasil. O branco representa a promoção da paz.
Lentilha
Trata-se de um hábito comum em muitos países, para garantir fartura e prosperidade. A origem desta superstição é italiana e foi trazida ao Brasil pelos imigrantes. Na Itália, existe até um ditado popular que diz: “Lentilha no Ano-Novo, dinheiro o ano todo” (“Lenticchie a capod´anno franchi tutto l´anno”). Há quem acredite que isso se deve ao fato de o formato do grão se assemelhar a uma moeda.
Bacalhau
Como muita gente deve suspeitar, o hábito de comer bacalhau chegou ao Brasil com os portugueses, já na época do descobrimento. No entanto, foi com a vinda da Corte, no início do século XIX, que esse hábito alimentar começou a se difundir. Na ceia, o peixe é uma alternativa ao consumo de aves (frango, peru) que, como reza a lenda, por ciscarem para trás, remetem a um “atraso de vida”.
Romã
A romã foi levada pelos fenícios ao Mediterrâneo, de onde se difundiu para as Américas e acabou chegando ao Brasil. A tradição de comer a fruta no Réveillon veio da Grécia. Lá, eles jogam a romã no chão para quebrá-la e dividi-la entre todos. Pelo catolicismo, em 6 de janeiro, Dia de Reis, é costume comer e guardar algumas sementes na carteira para atrair sorte e riqueza ao longo do ano. Essa tradição remete às cerimônias e cultos da antiga civilização romana, que via na fruta um símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.
Fogos de artifício
Parte integrante das comemorações religiosas na China, os fogos de artifício foram “inventados pelos chineses para afugentar demônios no Ano Novo e em outras ocasiões comemorativas”, segundo a revista Popular Mechanics. Hoje em dia, é parte marcante na virada do ano em todos os cantos do mundo.
Uva
O costume de comer uvas no momento da virada veio da Espanha, tendo surgido em 1909: depois de uma farta colheita, o rei Alfonso XIII distribuiu a fruta na véspera do Ano Novo. Desde então, os espanhóis comem uma dúzia delas, acompanhando as doze badaladas do relógio.
Alguns acreditam que cada uva simbolize um mês de sorte no ano que se inicia; outros deixam pronta previamente uma lista com doze desejos. Para os portugueses, comer três, sete, ou a quantidade correspondente ao seu número de sorte, garante prosperidade e fartura de alimentos. Para também atrair dinheiro, há quem guarde as sementes na carteira ou na bolsa.
Frutas secas
Nozes, avelãs, castanhas, tâmaras, entre outras, foram trazidas para o Brasil pelos imigrantes de origem árabe. Por se tratarem de alimentos que podem ser armazenados e estocados (para o caso de escassez), simbolizam a mesa farta, garantindo que não falte comida ao longo do ano.
Rabanada
A receita veio com os portugueses, mas a origem do quitute é controversa, já que integra o cardápio de muitos países – ainda que com pequenas variações no modo de fazer e no nome. Em Portugal é conhecida como pão de mulher parida (ou, em uma abreviação, pão parida), por acreditarem estimular a produção de leite em mulheres durante a fase de amamentação.
Para os ingleses, a rabanada teria sido incorporada de hábitos franceses – daí o nome french toast – e, seguindo o dicionário Oxford, a primeira referência dataria de 1660. Há quem defenda se tratar de uma receita espanhola da Idade Média, o que também explicaria a origem do nome, possível adaptação do espanhol “rebanada”, que significa fatia.
Pular sete ondas
De acordo com os gregos, o mar tem o poder de renovar nossas energias. Porém, a prática de pular sete ondas remete a tradições africanas trazidas pelos escravos. O sete é considerado um número espiritual, e acredita-se que ao pular as ondas abram-se os caminhos para superar as dificuldades do ano que está por vir.
Vinho espumante
O hábito de estourar o espumante para comemorar o Réveillon está presente em quase todo o mundo, mas não se sabe ao certo a origem desse costume. A bebida já era usada desde os primeiros séculos nas comemorações da alta sociedade romana, mas apenas por volta do século XVI foi aperfeiçoada à forma como conhecemos hoje.
Associado a festas e comemorações da realeza europeia, o espumante era tido como um artigo de luxo. Na região de Champagne, na França – famosa pela produção de vinhos espumantes, daí a denominação “champanhe” –, a bebida era presença certa na coroação dos reis do país, ficando conhecida como o “vinho dos reis”. (Fonte: Multirio)
Sete coisas que dão azar no Ano Novo
Assim como existem superstições e comidas que trazem sorte no Ano-Novo, alguns costumes podem atrair energias negativas e, consequentemente, dar muito azar no próximo ano. Se você acredita nessas vibrações, veja na galeria o que você não deve fazer na noite de Réveillon para que seu ano não seja um desastre.
Comer peru ou frango
Evite comer qualquer ave. Segundo acreditam os supersticiosos, esses animais trazem má sorte e atrasam a vida. Uma das versões diz que o fato de eles ciscarem para trás faria com que sua vida também dê passos para trás. Outra justificativa para a crença é que aves voam, e com isso podem levar embora a nossa felicidade.
Ficar de bolsos vazios
Se você passar a virada do ano sem dinheiro no bolso ou na carteira pode ter azar nas finanças. Para garantir um ano mais afortunado, leve pelo menos uma nota de dinheiro com você, de preferência um valor alto.
Roupas escuras ou pretas
Uma das principais crenças nessa época é no significado das cores. E para quem se veste de acordo com o que manda a tradição, usar preto ou cores muito escuras pode trazer um ano turbulento. Isso porque o preto representa luto e tristeza.
Roupas já usadas
Ano-Novo, roupa nova. A tradição também manda usar ao menos uma peça que você nunca vestiu antes. Assim, você se abre para novos caminhos e deixa para trás tudo o que já viveu com as roupas passadas.
Passar a virada sozinho
A forma como você vira o ano é o que você vai atrair para o ano inteiro. Então, se ficar sozinha na noite de Réveillon, pode ter um ano de solidão. Por isso, nessa ocasião é sempre indicado estar cercada de amigos e familiares queridos, para que isso se repita com mais frequência.
Pensamentos negativos
Se o ano que passou teve seus problemas, a noite de Ano-Novo deve ser dedicada a esquecê-los completamente. Não mentalize coisas negativas, nem sentimentos ruins contra pessoas que lhe fizeram mal. Limpe sua mente e retire todas as mágoas para iniciar um novo ciclo de peito aberto.
Casa suja e cama sem trocar
Há quem acredite que a casa precisa de uma limpeza geral para tirar todas as más vibrações que foram acumuladas durante o ano. Além disso, é preciso usar lençóis novos na cama, também com o objetivo de deixar possíveis ameaças no passado. (Fonte: O Imparcial)