Nesta situação climática caótica em que se encontra o planeta Terra, todos nós temos parcela de culpa. Nós entupimos as vias públicas e as estradas de automóveis, motocicletas, ônibus e caminhões e achamos que isso é progresso, quando não, isso não é progresso. Nós impermeabilizamos o solo, poluímos os rios e os mares e as nascentes d’água, nós desmatamos as matas e derrubamos as florestas, nós ignoramos os animais silvestres, seres viventes neste planeta assim como nós e detentores de direitos assim como nós.
Competimos entre nós, nos destruímos mutuamente, os fortes oprimem os fracos ao invés de cuidar deles. Nós esquecemos que neste planeta, nós, espíritos na condição humana, fomos asilados temporariamente, por um ato de misericórdia de quem realmente é o dono do pedaço: Deus.
Mas, por estupidez, ignorância, orgulho besta e egoísmo avassalador, preferimos em nome de prazeres efêmeros, em nome de um pseudo-poder que termina na vala comum para onde todos vamos, preferimos ignorar tudo isso e dar ouvidos aos encantos da publicidade e ao discurso da política que satisfaz nossos mais pueris anseios. Paciência, então. Arquemos com as consequências. É o que nos resta, enquanto permanecermos adormecidos e indiferentes à realidade espiritual da vida.
Digo isto, porque toda a estrutura para a vivência de uma sociedade civilizada, equânime e justa está montada, indicativo de que, por mais que a ignorância e o atraso, teimem permanecer entre nós, por ser ainda a opção dos indiferentes e dos materialistas, tanto um como outro, não impedem o progresso humano, que é inevitável.
O que nos falta, então, para que possamos viver em plenitude as mais louváveis intenções daqueles que vivem para o bem, desejam o bem e praticam o bem em favor de todos e não apenas da minoria a qual pertençam? Arrisco dizer que falta o aperfeiçoamento moral, daqueles que insistem em viver do e servir ao materialismo, porque isso, talvez, em suas consciências depauperadas, os isente de culpa.
A essas pessoas que vivem apenas para si e para os seus, e que consideram que tudo começa e termina aqui, portanto, tudo vale a pena, falta a noção de pertencimento. Não conseguem compreender que estamos todos no mesmo barco, por acaso, um planeta bonito e acolhedor, chamado Terra. E se esse barco for à deriva, iremos todos nós.
Tais pessoas, porque se acham mais que as outras, não se incomodam com o sofrimento alheio, até que elas mesmas, sejam apresentadas ao sofrimento e a vida, muita sábia, sempre se encarrega disso.
Falta-lhes o devido respeito pelos outros e pelo mundo. Não sabem reconhecer a dependência que possuem em relação à natureza, sem a qual não comem e não respiram e não se vestem.
Se um dia entenderem que nenhum de nós consegue de fato ser feliz sem a prática das relações humanas, que é justamente neste convívio com o outro que nos conhecemos e nos aperfeiçoamos, moralmente e intelectualmente, talvez, as coisas comecem a mudar para melhor
Porque essa gente, que acha que tudo pode porque tudo tem, é justamente ela, com seu egoísmo doentio e seu orgulho besta que tem sido a causa de toda a desgraça humana. Afinal, elas emitem e controlam o dinheiro e dão a ele o destino que melhor lhes interesse.
Recentemente, li dois livros fundamentais que falam um pouco sobre isso. Um deles é “Illuminati – Os Segredos da Seita Mais Temida Pela Igreja Católica, de 2005, escrito por Paul H. Koch e o outro, A Dinastia Rothschild de Herbert R. Lottman, publicado em 2011. Recomendo ambos. Mas, já adianto, preparem o estômago.
Por Geraldo Costa Jr. / Foto: Reprodução