O ser humano tem uma extraordinária capacidade de adaptação.
Conseguimos sobreviver tanto nas regiões mais geladas do nosso planeta quanto num clima de torrificado calor. Ultrapassamos as mais extensas dimensões de nosso planeta desbravando enormes distâncias interplanetárias. Tudo isso para atingirmos nossos objetivos mais diversificados.
Todavia, todos os seus empreendimentos, como não poderia deixar de ser, levam sempre um desgaste normal de sua capacidade de raciocínio, de convivência com o seu mundo interno e com seu cotidiano. E para suprir essa necessidade, o homem tem procurado várias formas de se desligar do stress e energizar-se de pensamentos sadios, de harmonia.
Cada indivíduo tem sua válvula de escape para sair do período de “tensão” e o mais utilizado é o sono. Carregar um guarda-chuvas quando chove também é um escape. Tirar umas férias, praticar um esporte, cozinhar e outras coisas.
O nosso sistema nervoso exige certa porção de escapismo, requer alguma liberdade e proteção contra o incessante bombardeio de estímulos externos. Precisamos, de vez em quando, “desligar” um pouco para sair da rotina e evadir das velhas cenas, dos velhos deveres, das velhas responsabilidades.
As figuras sempre fazem em nosso mecanismo automático mais impressão do que palavras. E mais ainda se contiverem algum forte significado simbólico. Um quadro mental que descobri para representar uma válvula de escape foi de um livro que li.
O autor diz que estava visitando o Parque Nacional de Yellostone esperando pacientemente pelo gêiser “Old Faithul”, que se manifesta numa grande massa de vapor sibilante, como uma caldeira gigante cujo tampão de segurança tivesse escapado.
Um menino que estava ao seu lado pergunta ao pai: “por que ele fez isso?”. “Bem …”, disse o pai, “acho que a mamãe terra é como todos nós. Ela acumula certa quantidade de pressão e precisa, de vez em quando, descarregar um pouco de vapor para manter a saúde”.
Não seria maravilhoso se nós pudéssemos, também dessa maneira, “descarregar” um pouco de vapor inofensivo quando a pressão emocional cresce dentro de nós? Você não possui na cabeça um gêiser, nem uma válvula de vapor, mas imaginação suficiente para usar algo que possa utilizar para manter a sua saúde mental.
O computador de sua casa, seu tablete, seu celular também precisam descarregar algumas informações, caso contrário, estarão saturados e não terão memória suficiente para novas mensagens.
Assim, também, seu cérebro precisa descarregar velhas informações que se transformaram em comportamentos e hábitos que o impedem de seguir por novas trilhas e caminhos neurais que o apoiem em seus resultados. Aproveite agora e recicle seus pensamentos transformando-os em ideias grandiosas e saudáveis, o ambiente em que quer viver e descubra qual é a sua válvula de escape. Não pense nisso!
Por Dr. José Roberto Teixeira Leite
Cirurgião Dentista e Coach em PNL
E-mail: pnljoseli@gmail.com