Depois de denúncia, a reportagem constatou que na própria prefeitura é possível ver o encalhe dos exemplares do Diário Oficial.
No expositor ao lado da porta do Paço Municipal – local onde os visitantes podem pegar gratuitamente seu exemplar -, foram contabilizados 59 exemplares da publicação com a data de sua última tiragem, que foi no dia 27 de novembro.
Dentro da sala de recepção do Paço, conhecida como 156, mais centenas de encalhe do Diário Oficial. Vale destacar que a reportagem visitou o local no fim da tarde de sexta-feira (14).
CONTA
Com tiragem de 1.000 exemplares por mês, cada jornal custa aos cofres públicos R$ 32 reais, já que o valor mensal do gasto é de R$ 32 mil.
Com o valor unitário de cada publicação, seria possível adquirir duas revistas Veja, por exemplo (que é impressa em papel couché e totalmente colorida). Com o gasto mensal do Diário Oficial, seria possível adquirir 100 coleções completas de Mapas Antigos da Folha de São Paulo e distribuir para todas as escolas do município, além de bibliotecas.
RASGANDO DINHEIRO
Considerando que apenas no Paço foram encontrados 200 exemplares (que representa 20% de toda tiragem), Rio Claro jogou fora R$ 6.400 que estão encalhados nos cantos da recepção do local e sem procura de leitores, já que datam do dia 27 de novembro. Este levantamento foi feito somente no Paço e não abrange os outros locais onde é distribuida a publicação. Portanto, a tendência é de que o valor de perda seja ainda maior.
ARQUIVADO
Na quinta-feira (13), a Câmara de Rio Claro derrubou o Projeto de Lei 225/2018, que pretendia instituir o Diário Oficial Eletrônico e geraria economia de R$ 385 mil por mês aos cofres públicos. O valor total do contrato, que venceu no dia 15 de novembro deste ano e teve duração de cinco anos, é de R$ 1.925.000,00.