Levantamento da prefeitura de Rio Claro mostra que no último quadrimestre do ano passado a taxa de ausência de pacientes na rede municipal de saúde foi de 15%, ou seja, de cada 100 que fizeram agendamento 15 não compareram. Nesse período, em que foram feitos quase 170 mil atendimentos, houve mais de 25 mil faltas. Essas ausências, chamadas de absenteísmo, atrapalham o atendimento à população e por isso a Secretaria Municipal de Saúde reforça a orientação para que os usuários das unidades de saúde procurem não faltar aos agendamentos.
“Estamos fazendo vários investimentos importantes no setor, pois a saúde é prioridade em nossa administração”, destaca o prefeito João Teixeira Junior, citando novos serviços, novas unidades de saúde, novos equipamentos e ampliação do quadro de servidores entre as medidas tomadas para melhorar o atendimento e oferecer acolhimento à população. “A comunidade também pode colaborar na busca constante desses objetivos e uma das maneiras é evitar o máximo possível faltar aos agendamentos, pois isso atrapalha a organização e tira a vez de pessoas que estão nas filas de espera”, explica.
Aqueles que têm consultas e exames agendados e confirmados, mas que no dia e hora marcados não comparecem, acabam causando outros problemas aos serviços de saúde. “O excesso de falta às consultas marcadas nas unidades municipais de saúde pode acarretar o sobrecarregamento das unidades de emergência, pois pessoas que não realizam de forma adequada o tratamento de rotina acabam procurando o atendimento emergencial quando o quadro de saúde se agrava”, observa o secretário de Saúde, Maurício Monteiro.
O levantamento da Secretaria Municipal de Saúde mostra que no período analisado a maior taxa de absenteísmo foi verificada na área de saúde mental (Caps III, CEI e Caps AD), com 26% de faltas registradas. Foram 8.226 atendimentos e 2.156 ausências. No Centro de Habilitação Infantil a taxa foi de 24% (18.463 atendimentos e 4.453 faltas). No Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Regional (Cerest), 19% de ausências, com 1.771 atendimentos e 331 faltas no quadrimestre passado.
Na unidade municipal de saúde bucal foram feitos 6.268 atendimentos registradas 997 ausências – taxa de absenteísmo de 16%. Na rede de atenção básica as faltas registradas ficaram em torno dos 13%. Foram 125.600 atendimentos e 16.859 faltas. A menor taxa de absenteísmo no período foi verificado no Serviço Especializado em Prevenção e Assistência para IST/Aids/Hepatites Virais (Sepa), em que houve 6.947 atendimentos e registradas 324 faltas, ou seja, 5% de ausências.
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