Uma frase bem comum nas rodas de conversas atuais é essa “Esse clima está cada vez mais maluco”. Segundo dados científicos, não dá para negar a influência dos gases de efeito estufa no aquecimento global e nas mudanças climáticas, mesmo que muitos tentem negar os dados científicos.
As temperaturas atualmente estão 1,1 ºC acima da era pré-industrial. E 0,2 ºC acima do período 2011-2015. A temperatura de 2015-2019 pode ter sido a mais alta de qualquer período de cinco anos da história, segundo cientistas da (OMM) Organização Meteorológica Mundial. Os hábitos de consumo mundiais ajudam a deixar nosso planeta mais quente. Os eletrodomésticos são grandes vilões nesse cenário, pois colaboram para aumentar a emissão de gases agravando o aquecimento global.
Todos os eletrodomésticos consomem muita energia elétrica, porém muitas não emitem gases de efeito estufa diretamente, mas todo o setor de energia emite gases, sendo assim indiretamente todos os eletrodomésticos colaboram nessas emissões. Aqueles aparelhos que consomem mais energia elétrica, emitem mais gases. Observamos que toda energia consumida no país vem de residências, perdendo apenas para o setor industrial.
Nós consumidores podemos colaborar muito para tentar frear o aquecimento global, basta usar os eletrodomésticos com consciência, sem desperdício. Os eletrodomésticos são os principais consumidores de energia, em qualquer residência do planeta, portanto na hora das compras devemos optar por aqueles que consomem menos energia em seu funcionamento.
Em comparação aos similares, os eletrodomésticos que consomem menos energia são um pouco mais caros, porém, compensam a médio prazo, em sua economia de energia mensal, além de colaborar para refrear o aquecimento global.
Entre os eletrodomésticos que consomem mais energia e são de uso contínuo citamos a geladeira tipo frost-free de duas portas, consumindo 30% do consumo total mensal de uma residência. Chuveiros elétricos e aparelhos de ar condicionado também consomem muito, basta banhos demorados e muito tempo com ar condicionado ligado para eles se colocarem como vilões de sua conta de energia.
No ranking do modismo atual o Cooktop está em primeiro lugar no consumo de energia, gastando mais energia que uma geladeira, quando os quatro queimadores são ligados uma hora por dia. Micro-ondas e forno elétrico consomem menos, mas também tudo depende do tempo de ligação. Na sequência de consumo que temos que usar com moderação estão os ventiladores, máquinas de lavar, secadoras, ferro elétrico, aquecedores de ar e panelas elétricas.
No Brasil não é fácil escolher eletrodomésticos mais eficientes pois o país tem demorado muito para atualizar o índice de eficiência energética desses equipamentos. A expectativa do governo é que até 2030, medidas levem a uma redução no consumo de energia de 2350 QWH/ ano o equivalente a uma geração de 564 MW. Atualizando os índices de eficiência energética para eletrodomésticos, principalmente refrigeradores, será gerada uma economia de energia para abastecer 700 mil residências durante um ano.
Com essa medida haverá menos aquecimento global, com expectativa de economia cerca de R$ 455 milhões em investimentos na expansão do sistema elétrico, durante um período de 12 anos. O meio ambiente será beneficiado pois haverá redução de 190 mil toneladas de C02 na atmosfera.
Com essas atualizações, a política de eficiência energética avança, segundo especialistas, movendo a indústria a produzir equipamentos mais eficientes. Muitos modelos de refrigeradores atuais devem ser retirados do mercado e também muitos modelos de condicionadores de ar.
O Brasil ainda precisa investir mais em eficiência energética, pois estamos em entre os países que mais consomem energia. As tarifas de energia mudam de acordo com a localidade e a concessionária. O IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) disponibiliza sua ferramenta que indica a pegada de carbono de cada equipamento.
Concluindo, antes de ir as compras compare a eficiência energética do equipamento que deseja adquirir, informações podem ser encontradas nos sites do Inmetro, do Procel e do Idec, desta forma, estará ajudando seu bolso e contribuindo com o meio ambiente.