De acordo com o TSE, o número de pessoas com deficiência aptas para votar nesta eleição de 2022, onde elegeremos presidente, governadores, senadores, deputados estaduais, federais e distritais é de 1.271.381. Destes, deficiência de locomoção 427.729, deficiência visual 186.647, deficiência auditiva 111.813, dificuldade para o exercício do voto 62.510 e outros 614.911. No estado de São Paulo o número de pessoas com deficiência aptos para votar e de 426.552, a cidade de Rio Claro conta com 1.224 eleitores pessoa com deficiência.
Com foco no eleitorado da nossa cidade, apontando que segundo a plataforma da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência que traz os dados do IBGE, dispõe que em nosso município temos estimado, cerca de 11.894 pessoas com deficiência com mais de 20 anos. Se faz importante ressaltar que destes 5.492 têm mais de 60 anos, assim podemos dizer que o número de eleitores pessoa com deficiência é pequeno, dentro da contingência de pessoas que possivelmente poderiam aderir a este direito, dentro desta margem, somente 10 % destes estão aptos a votar.
Sendo estes os dados oficiais existentes, sendo que o IBGE aponta uma estimativa e a justiça eleitoral o concreto de pessoas aptas, várias conclusões e dúvidas podem ser suscitadas, das quais infelizmente remonta um flagelo a cidadania. De forma geral, buscando não estender, isso pode ser um reflexo ainda existente de uma sociedade capacitista, como também a invisibilidade ou pouco acesso existente, percepção da importância deste ato cidadão, o de votar.
Difundir e buscar estender a essas pessoas esse direito é responsabilidade de todos nós, enquanto sociedade. Este dado é preocupante, do ponto de vista de direitos humanos e percepção de cidadania, pois parece diminuir a representação, até mesmo, transbordando um teor de invisibilidade, que podem refletir significativamente em falta de políticas públicas voltadas a pessoas com deficiência. Destacamos aqui ações que a Justiça Eleitoral, vem realizando, como divulgação sobre seção eleitoral acessível, ainda a própria urna eletrônica que possibilita ao deficiente visual votar com autonomia, através de teclas com o braile e áudio se necessário, a disponibilização de intérprete de libras na tela da urna eletrônica e ainda assim a legislação assegura um acompanhante a pessoa com deficiência que necessite deste, para exercer o direito ao voto, mas necessitamos avançar mais a cada dia em busca de uma sociedade melhor para todos.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
