Chegamos ao oitavo mês do calendário gregoriano de 2019. Agosto, com seus 31 dias, nos contemplará com vários fenômenos astronômicos. Sempre lembrando que, ao observar a esfera celeste, temos uma visão topocêntrica.
Parece ser complicado de entender essas colocações astronômicas, mas, nos dias 13, 14 e 15 de agosto, das 19:00 às 22:00 UTC -3, estarei ministrando um curso no anfiteatro da ACIRC, sobre Observação do Céu Noturno e Diurno, explicando os dados que são colocados em cartas celestes, efemérides astronômicas e anuários. Será um curso voltado para o leigo e para observadores, mais detalhes no site www.fabrizziomontezzo.com.br/curso2019.html.
No primeiro dia do mês, a Lua estará em fase nova, o novilúnio, que será o início da lunação 1195, às 0:12 UTC -3 (Hora oficial de Brasília), com 366,9 mil km de distância da Terra na constelação zodiacal de Câncer. No dia 2, a Lua estará no perigeu, ponto mais próximo em relação à Terra na sua órbita elíptica, com cerca de 359,3 mil km de distância.
Dia 7, é a primeira quadratura, às 14:31 UTC -3, o quarto crescente, em que a Lua em relação ao Sol e a Terra fica com elongação de aproximadamente 90º, sendo ¼ da Lua sendo observada da Terra, com 374,1 mil km da Terra, na constelação de Libra.
Dia 9, teremos uma ótima conjunção para observar a vista desarmada com a Lua em fase minguante gibosa, com cerca de 73% iluminada, com Júpiter e Antares. Lua e Júpiter estarão na direção da constelação de Ofiúco, e Antares, a Alfa de Escorpião.
Neste dia, ao ocaso do Sol, Lua e Júpiter já aparecerão bem “próximos” na abóbada celeste, ficando até por volta das 2:15 UTC -3. No mesmo dia 9, teremos a máxima elongação oeste de Mercúrio, que poderá ser visto ao amanhecer, matutinamente, 19º do Sol.
No dia 12, teremos a Lua em conjunção com gigante gasoso Saturno, o rei dos anéis, na direção do centro da galáxia, a constelação de Sagitário. Essa conjunção é muito interessante de se observar e, em alguns lugares do planeta, terão a oportunidade de verificar a ocultação de Saturno pela Lua, como na Austrália e Nova Zelândia.
Dia 13, tem a chuva de meteoros Perseidas, melhor vista no hemisfério norte, procure nos canais de transmissão ao vivo na internet. Já no dia 14, Vênus, o planeta telúrico mais brilhante do céu, estará em sua conjunção superior, assim, passando para o céu da noite, que é característica dos planetas inferiores (Mercúrio e Vênus).
Dia 15, às 9:29 UTC -3, acontece o plenilúnio, a Lua atinge a máxima elongação, e sua metade fica toda iluminada voltada para o observador na Terra, é Lua cheia. Dia 17, a Lua atinge o apogeu, ponto mais afastado da Terra, e dia 23, a última quadratura da Lua, às 11:58 UTC -3. Dia 30, teremos a segunda Lua Nova do mês, a lunação 1196, e também o perigeu, o ponto mais próximo da Terra em sua órbita, com 357,1 mil km de distância.