Foi confirmado, por volta das 19 horas do dia 25 de março de 2020, o primeiro caso de coronavírus em Rio Claro. A notícia estampou a capa da edição do dia 26 de março de 2020 e trazia informações do primeiro registro comprovado da doença no município, o que desencadearia uma série de ações, até então, impensáveis para a maioria dos rio-clarenses.
O primeiro caso do município tratava-se de um homem de 50 anos, que não possuía comorbidades e apresentou sintomas de uma gripe leve, foi confirmada que se tratava de uma transmissão comunitária, ou seja, o paciente não tinha viajado para o exterior e começou a apresentar sintomas no dia 18 de março de 2020, sendo que, o exame foi feito dois dias depois. Naquela data, o município tinha ainda 31 casos suspeitos e oito descartados.
Hoje, exatamente um ano depois do anúncio, Rio Claro soma 10.766 casos positivos da doença, 280 mortes e 163 pessoas hospitalizadas. Apesar da escalada no número de casos, sobretudo neste mês de março, quando Rio Claro chegou a registrar 25% de todos os óbitos desde o início da pandemia, aprendemos muito sobre a doença. A duras penas. Porém, aprendemos que a ciência é aliada da população, seja no desenvolvimento da vacina, seja no estudo de suas profilaxias. A partir do estudo de abnegados cientistas, foi possível levar a vacina a 24.388 rio-clarenses, que já receberam a primeira dose e outras 8.594 delas que já tomaram a segunda dose.
Apesar da expectativa pela vacina, que possibilitará o tão sonhado regresso ao normal, o processo ainda é lento e a mutação do vírus muito rápida. Por isso, a adoção de medidas de isolamento. Seguindo recomendações de órgãos de segurança, as restrições mais severas foram anunciadas pelo prefeito Gustavo, com vistas a diminuir a contaminação. Como dizem especialistas, a transmissão da doença é comunitária, portanto, mais do que nunca o alerta é para que a população entenda que o distanciamento e protocolos de segurança são necessários.
Se há um ano, nos perguntávamos sobre o que seria a Covid. Se seria apenas uma gripe como a H1N1, ou como uma gripe espanhola, hoje temos a resposta. Sabemos que não há tratamento, não há antiviral, apenas um remédio realmente eficaz para enfrentar a batalha: conscientização.
Por Vivian Guilherme / Foto: Woman photo created by freepik/www.freepik.com