A palavra “ecologia”, empregada pela primeira vez em 1866 por Haeckel, é composta por duas palavras gregas “oecus” e “logus” que significam “casa” e “estudo”.
Ecologia pode ser definida como a “Ciência de habitat”. Ou a ciência que estuda “o funcionamento da natureza”. Apesar de ter já cerca de 150 anos, somente agora a ecologia toma impulso e se expande.
Até há pouco, o homem se considerava o dono da natureza, utilizando a seu bel prazer: represando e desviando cursos d´água, desmatando ou reflorestando com espécies vegetais estranhas ao meio, lançando à água os resíduos domésticos e industriais sem tratamento.
Somente agora, com os problemas de poluição alarmando as populações, o homem começa a aceitar o fato, assinalado por cientistas, de que ele não é dono, e sim elemento da natureza.
Ele vai-se apercebendo que, utilizando irracionalmente ou destruindo a natureza, cria um meio adverso para si mesmo, uma vez que a natureza funciona como sistema integrado e a alteração de um elemento implica na mudança dos demais.
Assim, o desmatamento conduz a mudanças climáticas, a esgotamento de solos, a desaparecimento de fontes d´agua na época da seca e a inundações na época chuvosa.
Falando em integração do meio ambiente, de que participam os seres vivos, queremos nos referir às “cadeias alimentares”, de fácil compreensão e que demonstra a importância do meio ambiente.
A energia solar e as substâncias inorgânicas do solo são responsáveis pela germinação e crescimento das plantas. Estas, quando verdes, realizam o processo de fotossíntese, transformando as substâncias inorgânicas do solo, como cálcio, fósforo, ferro e outras, em orgânicas.
Processa-se, assim, a PRODUÇÃO PRIMÁRIA, que serve de alimento para algumas espécies de animais – os herbívoros – e que constituem os CONSUMIDORES DE 1ª ORDEM. OS carnívoros, por sua vez, se alimentam dos herbívoros, sendo, portanto, CONSUMIDORES de 2ª ORDEM. Com a morte, os seres vivos são atacados pelos DECOMPOSITORES que asseguram o retorno dos minerais, contidos na matéria orgânica, ao solo, completando, desta forma, a cadeia alimentar ou trófica.
A intervenção drástica e irracional do homem na natureza interrompe estas cadeias alimentares, quebrando o equilíbrio ecológico, e se reflete diretamente sobre o próprio homem.
Como exemplo citamos o rio Piracicaba – sendo um dos rios mais poluídos do Brasil, ele se apresenta com águas turvas, o que dificulta a penetração da luz, este fato, associado à existência de elementos químicos venenosos na água, não permite o crescimento de algas que liberam o oxigênio necessário à vida dos peixes, tornando o Piracicaba um rio quase morto. Conforme pesquisas, o rio Piracicaba, outrora dos mais piscosos, tinha uma produção de 100 kg de peixe por hectare de superfície líquida.
Na região de Piracicaba – no chamado quadrilátero do açúcar -, a produção média era de 250 toneladas de peixe por ano, o suficiente para alimentar diariamente 3.500 pessoas (Para alimentar o mesmo número de pessoas durante igual espaço de tempo são necessárias 400 toneladas de carne bovina).
O homem não é, portanto, um simples espectador da natureza, ele é parte integrante dela e sofre as consequências de suas modificações. É este o motivo principal pelo qual os estudos ecológicos recebem impulso em todo o mundo, associando-se neste momento a todos os meios de comunicação.