Os pais devem ficar atentos na hora de comprar o material escolar dos filhos. A boa e velha pesquisa de preço pode resultar em muita economia na hora de pagar as compras. É o que aponta pesquisa realizada pelo Procon-SP em sete sites de compras de São Paulo, de 8 a 11 de janeiro. O levantamento do órgão encontrou diferença superior a 260% nos preços do material escolar.
A pesquisa comparou preços de 72 itens como apontador de lápis, borracha, caderno, caneta esferográfica, caneta hidrográfica, cola, giz de cera, lápis de cor, lápis preto, lapiseira, marca texto, massa de modelar, papel sulfite, refil para fichário, régua, tesoura e tinta para pintura a dedo.
“A maior variação foi encontrada na caneta esferográfica 0,7mm da Compactor, vendida por R$ 3,90 em um fornecedor e R$ 1,07 em outro”, informa o Procon-SP. Nesse item, a diferença de preço é de 264,49% entre um site e outro. Diferença de 194,83% foi encontrada no preço da cola branca líquida – 35g – Pritt Tenaz, vendida a R$ 2,71 em um site e R$ 7,99 em outro.
A caneta esferográfica 1,0mm Cristal, da BIC, teve variação de 190%, com preços de R$ 1,00 e R$ 2,90. A menor variação encontrada pela pesquisa foi no preço da régua flexível de 30 cm, da Waleu, que estava sendo vendida a R$ 5,99 em um local e R$ 6,45 em outro, diferença de 7,68%. Conforme o Procon-SP, “o preço considerado foi o anunciado à vista no cartão de crédito, sem eventuais despesas de frete”.
Na comparação com o ano passado, também houve diferença. De acordo com o Procon-SP, dos 62 produtos comuns em ambos os levantamentos se constatou, em média, acréscimo de 7,18% no preço. O índice é bem superior ao da inflação do período de 3,71% referente ao IPC-SP (Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Recomendações
Diante do resultado da pesquisa, o Procon-SP orienta os pais sobre como proceder na hora da compra. A dica dos especialistas é que os consumidores analisem cuidadosamente todos os produtos da lista de material fornecida pelas escolas antes de comprar. Além disso, o órgão recomenda que os pais verifiquem quais itens ainda estão em boas condições de uso, evitando compras desnecessárias. O reuso de materiais gera economia e incentiva o consumo consciente nas crianças.
Outra dica é trocar materiais entre os estudantes. “Promover a troca de livros didáticos entre alunos também é uma prática que garante economia e deve ser incentivada, inclusive para introduzir uma questão relevante que é a sustentabilidade e o uso mais responsável dos produtos que têm origem na natureza – no caso do livro e de itens como lápis, a madeira, por exemplo”, destaca o Procon-SP.
A compra em grupo também pode resultar em economia, visto que a aquisição em maior quantidade pode baratear os preços. “Alguns estabelecimentos concedem bons descontos para compras em grandes quantidades; o que também deve ser uma prática adotada por grupos de pais”, aconselha o Procon-SP.
Por fim, o Procon-SP lembra aos pais que a exigência das escolas com relação ao material escolar tem limites e regras. “As escolas não podem solicitar a compra de qualquer material de uso coletivo, como os utilizados em atividades de escritório, de higiene ou limpeza, por exemplo”, ressalta o órgão. A proibição está contida na Lei Federal nº 12.886/2013.
Por Redação DRC / Foto: Agência Brasil