O governador de São Paulo, João Doria, anunciou ontem (6) a prorrogação da quarentena, período em que somente os serviços essenciais, como supermercados e farmácias, podem funcionar normalmente no estado paulista.
Com isso, a quarentena, prevista para se encerrar hoje (7), vai continuar por mais 15 dias, até 22 de abril. A medida vale para todos os 645 municípios do estado.
Em entrevista coletiva, Doria fez um discurso direcionado principalmente a todos os que defendem a volta ao trabalho. Citando o papa Francisco e o economista Joseph Stiglitz, e dando espaço para depoimentos de médicos, com todos defendendo a importância de salvar vidas primeiro, o governador criticou os que defendem o fim do isolamento neste momento.
“Aqueles que me pressionam para agir contra meus princípios [para acabar com o isolamento]: vocês estão preparados para assinar os atestados de óbitos de brasileiros, a preparar os caixões? Vocês que defendem aglomerações e minimizam a crise vão enterrar as vítimas? O governo de São Paulo vai continuar agindo com base na ciência e na medicina”, disse ele. “Nós vamos proteger vidas. Nós vamos tratar de salvar vidas. Depois disso, vamos salvar a economia”, acrescentou.
NACIONAL
O Brasil chegou a 553 mortes em razão da pandemia do novo coronavírus, segundo atualização divulgada ontem (6) pelo Ministério da Saúde. O número representa um aumento de 13% em relação a domingo, quando foram registrados 486 óbitos.
São Paulo segue como epicentro da pandemia com mais da metade dos falecimentos de todo o país (304). O estado é seguido por Rio de Janeiro (71), Pernambuco (30), Ceará (29) e Amazonas (19).
Além disso, foram registradas mortes no Paraná (11), Distrito Federal (10), Santa Catarina (10), Minas Gerais (9), Rio Grande do Norte (7), Rio Grande do Sul (7), Espírito Santo (6), Goiás (5), Paraíba (4), Sergipe (4), Piauí (4), Pará (3), Maranhão (2), Alagoas (2), Rondônia (1), Roraima (1), Mato Grosso (1) e Mato Grosso do Sul (1).
Já o número de casos passou a casa dos 12 mil (12.056). O número marca um crescimento de 8% em relação a ontem, quando o balanço do Ministério da Saúde marcou 11.130. A taxa de letalidade do país ficou em 4,4%.
Por Agência Brasil / Foto: Divulgação