Um levantamento feito pela consultoria britânica Clarivate Analytics aponta o professor Mauro Galetti entre os 1% dos pesquisadores mais influentes do mundo. A lista inclui, no total, 6.216 nomes, sendo a maioria deles localizada nos Estados Unidos. Além de Galetti, o Brasil tem outros 14 pesquisadores na lista.
Galetti é docente do Instituto de Biociências da Unesp no câmpus de Rio Claro, onde coordena o Laboratório de Biologia da Conservação (Labic), além de ser um dos coordenadores e curadores do banco de dados “Atlantic” publicado na revista científica Ecology e que reúne informações sobre as comunidades de animais e plantas da Mata Atlântica.
A linha de pesquisa do pesquisador de Rio Claro busca entender como as perturbações humanas, como defaunação e fragmentação florestal, afetam a ocorrência e distribuição de espécies e as interações animal-planta, principalmente a dispersão e a predação de sementes e o recrutamento das plantas no Antropoceno, período mais recente na história do planeta.
A lista
Uma lista divulgada desde 2014, a Highly Cited Researchers tem como base a plataforma Web of Science, que fornece as informações para a análise da quantidade de citações de artigos publicados por um pesquisador no período de dez anos. No caso de Mauro Galetti, o artigo mais citado data de 2014 e tem mais de 900 citações.
Além de Mauro Galetti, da Unesp, os demais pesquisadores brasileiros na lista são: Andre Russowsky Brunoni e Renata Bertazzi Levy, ambos da Faculdade de Medicina da USP; Houtan Noushmehr, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP; Paulo Eduardo Artaxo Netto, do Instituto de Física da USP; Carlos Augusto Monteiro, da Faculdade de Saúde Pública da USP; Adriano Gomes Cruz, do Instituto Federal do Rio de Janeiro; Álvaro Avezum, do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese; Cesar Gomes Victora, da Universidade Federal de Pelotas; Flavio Kapczinski, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Henriette Monteiro Cordeiro de Azeredo e Renata Valeriano Tonon, ambas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); José Antonio Marengo Orsini, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); Miriam Dupas Hubinger, da Unicamp; e Roldan Petros Muradian Sarache, da Universidade Federal Fluminense.
O levantamento abrange 21 áreas do conhecimento e totalizou, neste ano, 6.216 pesquisadores (1% do número total). Os Estados Unidos são o país com maior número de pesquisadores mencionados, 2.737 ao todo; em seguida, aparece a China, com 636; e, em terceiro lugar, o Reino Unido, com 516. A Universidade de Harvard (EUA) é a instituição de pesquisa com maior número de pesquisadores citados, 203.