Em 2019, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 17,3 milhões de pessoas com dois anos ou mais de idade eram pessoas com deficiência, onde estão essas pessoas? Pessoas essas que muitas vezes se tornam invisíveis diante da mínima qualidade de vida dada, apoio e amparo social, em face de propostas de acessibilidade e equidade que não efetivam estes objetivos, atrelados à visão capacitista ainda existente de forma continuada.
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi instituído por iniciativa de movimentos sociais, em 1982, e oficializado pela Lei Nº11.133, de 14 de julho de 2005. A data foi escolhida para coincidir com o Dia da Árvore, com objetivo de representar o nascimento das reivindicações de cidadania e participação em igualdade de condições.
Diante do momento que estamos atravessando, se faz importante levantar esta bandeira e destacar o termo “luta”.
A segregação, integração, passados recentes, insistem, muitas vezes com “discursos doces”, bonitos, que soam como avanço, em proliferar, estas estão carregadas de objetivos escusos que identificam o quanto somos uma sociedade capacitista.
A transformação necessária não vem tão somente de questões relativas à acessibilidade (rampas, piso tátil) comunicação, mas sim na atitude. De forma cotidiana, se aflora, após ações capacitistas, discursos e palavras que exprimem o quanto ainda existe a necessidade de transformação, vivemos ainda em uma sociedade em que grande parte não busca conhecer o diverso para se relacionar e ajudar na construção dessa sociedade mais inclusiva, mas sim separar os diferentes como se todos não fossem, igualmente humanos.
Assim se faz necessário, ainda: lutar, lutar, lutar, para que as pessoas com deficiência, “passem a existir” e viver de tal forma como são, e possam atuar, fazer parte do todo da sociedade, participando dos mais variados setores, com respeito a dignidade da pessoa humana, do qual é.
Giro Inclusivo:
Rio Claro terá 1º Encontro Municipal de Cegos e Pessoas com Baixa Visão
Com objetivo de debater possibilidades e desafios para inclusão das pessoas com deficiência visual, Rio Claro está organizando o primeiroEncontro Municipal de Cegos e Pessoas com Baixa Visão. As inscrições gratuitas podem ser feitas até o próximo dia 16 pelo endereço https://forms.gle/n4SdccRA5WqRW9Ua6 ou pelo telefone (19) 3522-8000.
Está confirmada no encontro a presença de David Faria Costa que, com deficiência visual congênita, é pedagogo e ex-paratleta profissional. Atualmente é coordenador do programa de educação paralímpica do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que, sob sua coordenação, permitiu ao Brasil levar expertise paralímpica a outros países, com profissionais brasileiros ministrando cursos de formação esportiva. Faria Costa também é presidente do Centro de Emancipação Social e Esportiva de Cegos e foi presidente da Confederação Brasileira de Desporto para Cegos.
Encontro abordará inserção da pessoa com deficiência no ensino superior
No próximo dia 22, às 19h30, Rio Claro realizará encontro on-line sobre o tema “Inserção da pessoa com deficiência no ensino superior, possibilidades, avanços e desafios”. A iniciativa é da prefeitura, por meio da assessoria dos Direitos das Pessoas com Deficiência, vinculado à Secretaria de Cultura, em conjunto com Unicesumar, Uninter e Centro Universitário Claretiano. As inscrições podem ser feita pelo endereço https://forms.gle/co6THW87atMVxLVr6 ou pelo telefone (19) 3522-8000. O encontro será transmitido na plataforma do facebook da Central Brasileira de Inclusão, no canal da Central Brasileira de Inclusão no youtube e no facebook do Diário do Rio Claro.