Apesar de associada aos jovens, são os idosos que lideram o ranking dos mais afetados pela depressão. Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a doença atinge cerca de 13% da população entre os 60 e 64 anos de idade.
Com o Dia Mundial dos Avós chegando, no dia 24 de julho, Tais Fernandes, psicóloga do Grupo Said, empresa de cuidadores de idosos, resolveu explicar o porquê essa relação entre avós e netos pode ser crucial para evitar a depressão nessa faixa etária.
“Percebe-se que atualmente é possível ter um maior tempo de vida, o que possibilita mais tempo de convivência entre avós e netos permitindo a troca de experiências, participação dos avós na criação dos netos e formação de laços afetivos, o que impacta diretamente na melhora da comunicação, convívio social e flexibilidade cognitiva”, conta Tais.
Além disso, três fatores são os que mais se destacam quando analisados na melhora da saúde mental: afetividade, comunicação e interação social, e ensinamentos. O primeiro possibilita a criação de vínculos entre avós e netos, o que promove significado de pertencimento ao núcleo familiar. Isso pode impactar na diminuição ou prevenção de sentimentos de solidão.
Já a comunicação, permite o convívio entre gerações, gerando maior participação dos avós nas rotinas do dia a dia de seus netos, o que movimenta sua vida social. E por último, os ensinamentos influenciam nas trocas de experiências com os mais novos, trabalhando a flexibilidade de pensamentos e abertura para novas ideias.
“Manter o contato entre esse vínculo parental, além de todos os benefícios citados e a sua influência na prevenção de distúrbios mentais, como a depressão, e até mesmo, auxiliar no trabalho cognitivo de idosos com parkinson ou alzheimer, ainda faz com que a família fique mais unida e promova as relações socioafetivas com outros integrantes da família”, finaliza a psicóloga.
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