Na próxima segunda-feira, dia 17 de junho, será comemorado o Dia Mundial de Combate à Desertificação. Esta data foi instituída na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU, no ano de 1994, e tem como princípio a reflexão e o debate sobre o combate ao processo de desertificação, que é uma modificação climática que acarreta a formação de ambientes áridos ou de deserto.
Estima-se que o processo de desertificação atinja um quinto da população do planeta, chegando a mais de cem países. Dos fatores causadores e agravadores, destacam-se: ausência ou redução drástica da vegetação, sobretudo decorrente do desmatamento; empobrecimento de minerais do solo; queimadas; ausência de chuvas, dentre outros. Aliado a isso, a desertificação é agravada pelo mau uso e ocupação da terra, como habitação em áreas inadequadas e manejo incorreto do solo.
O Brasil é membro da convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação nos Países Afetados por Seca Grave ou Desertificação-UNCCD, desde o ano de 1997, assumindo o compromisso de poupar recursos biológicos, apresentar legislação ambiental eficaz sobre crimes ambientais associados ao uso inadequado do solo, por exemplo, em propriedades rurais, identificadas com erosão, queimadas e degradações.
Outros países com o apoio da ONU, que fazem parte desta convenção, vêm trabalhando para reduzir os efeitos negativos da desertificação, a fim de proteger e regenerar as zonas áridas do planeta, através de medidas que impeçam a aceleração climática e promovam o desenvolvimento sustentável nestas áreas.
De acordo com especialistas sobre aspectos climáticos, se não for adotada uma postura eficaz e conjunta, estima-se que em 2020, aproximadamente 60 milhões de pessoas migrarão das zonas da África Subsaariana para a região norte da África e também Europa em decorrência do processo de desertificação.
Portanto, precisamos avançar no sentido de reforçar a segurança alimentar, promover políticas públicas mundialmente efetivas quanto ao controle das alterações climáticas, colaborar com a população que reside em áreas secas, e cuidar do solo para que não ocorra seu desgaste e infertilidade, combatendo a desertificação e cuidando da vida na Terra.