É inegável que as datas comemorativas impactam o comércio durante o ano todo, e com o Dia dos Namorados se aproximando, a busca por presentes vai ficando cada vez mais intensa. De acordo com dados da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), o varejo projeta um crescimento de 10% no volume de vendas para o Dia dos Namorados deste ano, comemorado no próximo dia 12. A expectativa do setor é que 100 milhões de consumidores vão às compras.
Falando exclusivamente do comércio digital, um levantamento recente realizado pela Yougov, com a aproximação do Dia dos Namorados, 61% dos consumidores já começaram a pesquisar preços e produtos disponíveis pela internet. Segundo pesquisa, destas, 45,1% disseram que vão comprar os presentes pelos canais digitais, enquanto 26,1% vão pesquisar online e comprar nas lojas físicas.
Outros 23,3% farão todo o processo no comércio tradicional. Na média, 55,9% das pessoas preferem comprar pelo e-commerce. Entre as pessoas casadas, a porcentagem é de 57,8%. Para aqueles que estão em um relacionamento, mas não vivem juntos, o número é de 59,7%. Ou seja, no setor essas datas comemorativas costumam ser vistas com certo “brilho nos olhos”.
Mas, em virtude das discussões recentes relacionadas a taxação dos produtos importantes, como ficarão as compras para essa data tão importante? Segundo Jackson Campos, diretor de Relações Institucionais da AGL Cargo, é sempre bom lembrar que os produtos importados há impostos para PJ, para pessoa física os impostos são de importação e ICMS, apenas, ou seja, até no dólar o consumidor tem de estar atento.
“Os tributos de mercadorias importadas podem chegar até mais ou menos, 80% do valor do presente, o que, em muitos casos, inviabiliza a compra. Além dos números, o prazo de entrega é outro fator importante, já que algumas mercadorias podem ficar mais tempo paradas entre um aeroporto e outro, atrapalhando a surpresa”, revela.
Toda importação está atrelada ao dólar, portanto, sempre que a cotação sobe ou desce, o valor final do produto também sofre oscilação. “O dólar influencia diretamente no preço de tudo, uma vez que o câmbio, frete e seguro são todos indexados ao dólar do dia da operação”, explica.
O especialista também reforça que, do ponto de vista da importação, para quem já atua neste mercado internacional e venderá os produtos mais importados que são as flores do Equador e Colômbia, os eletrônicos, da China e roupas da Índia e China. Essa época de comemorações é essencial para análise interna de negócio, ou seja, planejar a melhor forma de como vender mais, mas de forma eficiente e organizada. Investindo no marketing digital para alavancar suas vendas.
Mas, por mais que essas mercadorias sejam baratas e mais fáceis de comprar, é importante que o consumidor esteja atento há casos de taxação na compra, como enfatiza Campos. “Se você comprar de uma loja você poderá ser taxado, independentemente do valor, o comércio eletrônico não está isento de cobrança, com exceção de livros e medicamentos (em alguns casos). Se você morar no exterior e enviar à sua mãe um presente de até USD 50 (produto e frete) neste caso você estará isenta – se o envio for pelos correios – se for feito por qualquer outra empresa de remessa expressa, haverá tributação”, finaliza o especialista em Comércio Exterior.
Encomendas internacionais podem ser taxadas em 60%, tornando a transação menos vantajosa para o consumidor, contudo é cobrado apenas o imposto de importação e ICMS. O comprador pode realizar a importação simplificada com cargas de até US$ 3 mil, mas acima desse valor, é necessário que haja uma declaração de importação, um despachante e a tributação é cara.
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