Dizem que ser avó é ser MÃE pela segunda vez e que o gostinho é melhor ainda.E quando se é MÃE, VÓ, BISA e TRISAVÓ? Sim, a aposentada Agmar dos Santos acaba de completar 87 anos e é tudo isso. Teve oito filhos, mas fazer as contas dos demais membros da família e identificar o parentesco causa confusão para todos que tentam.
Só depois de consultar filhos e netos, o resultado saiu. A conta deu 82 pessoas. São 26 netos, 42 bisnetos e 6 trinetos.
Ela sempre trabalhou fora, na roça, foi professora, costureira e no último trabalho atuou como enfermeira em um hospital. Criou os filhos e, claro, deu aquela ajudinha nos cuidados com netos que moravam por perto.
Um dos sonhos realizou há poucos anos atrás, viajar de avião. A viagem foi marcante e inesquecível, para Porto Seguro, na Bahia.
Uma das coisas que as netas admiram é a elegância. Gosta de estar sempre bem arrumada, usa cremes e maquiagens. As mulheres mais novas da família dizem invejá-la e querem ao chegar na mesma idade com tanta saúde.
Muitos que foram chegando na família ela nem conhece, mas diz: “Toda noite, entro no meu quarto e oro por cada um. Peço a proteção de Deus e agradeço pela vida de todos”, afirma Agmar que tem como desejo em sua lista, “poder viajar, ver e abraçar minha família”, declara.
BISAVÓ AVENTUREIRA
E as avós estão cada vez mais fora do cenário de ficar apenas tricotando, a Genilda de Almeida que tem 68 anos é um dos exemplos. A melhor parte da vida para ela é curtir com os netos. Gosta de passear e praticar esportes.
Na coleção de passeios, estão parques, praias e festa de peão. “Viajo sempre com meu namorado e levo os netos juntos”, diz. Ela foi avó pela primeira vez aos 38 anos. Na família são 3 filhos, 7 netos e 1 bisneta. “Eu amo ser avó e bisa. A relação é de puro amor. Se precisar interfiro na educação também”, conta.
E se é para falar de adrenalina ao lado da avó, a neta Ariana da Silva de Schimidt, de 28 anos, se empolga: “Minha vó é a melhor, minha melhor amiga, tem um espírito de jovem, mais jovem do que eu, viaja muito. Quero seguir o exemplo dela.
Ela que me levou aos 12 anos para conhecer a praia. A primeira onda que eu pulei foi ao lado dela. Vamos também para o meio do mato, nossos namorados gostam de pescar e com ela fica mais divertido além de ser uma ótima cozinheira e fazer comida para gente nas pescarias”, relata.
E o próximo passeio já tem data marcada: em setembro está de férias e a curtição vai ser com a avó em Poços de Caldas. “Apenas as mulheres, vai ser o máximo”, diz.
MÃE E AVÓ
E quem está iniciando nesta fase da vida como vovó é a vendedora Luciene Cristina Fabiano. “No começo uma experiência um pouco assustadora, mas agora é maravilhoso amo minha netinha. É como se fosse uma filha, meu xodó, não tem explicação o amor que sinto por ela”, salienta.
Ela tem 38 anos e precisa conciliar a atenção com a neta Lívia, de um ano e dois meses, e o filho pequeno, Victor, de 7 anos. O primeiro passo foi driblar o ciúmes. “Meu filho teve bastante ciúmes no começo, agora já acostumou os dois se dão super bem e brincam bastante juntos”, conta.
Luciene tem ainda outras duas filhas, Emilly, de 14 anos, e Gabrielli, que é mãe da bebê. “Apesar do tempo ser corrido, tento ter um tempo a noite para ficar com ela e com meu filho, brincar com os dois, sairmos um pouco e ajudar minha filha a cuidar da minha netinha”, relata.
AVÔ DE PRIMEIRA VIAGEM
A emoção chegou há três anos para o vovô Luiz Geraldo Marques, de 64 anos. O presente é uma pequena loirinha de olhos azuis como os do avô e se chama Luíza. É a primeira neta e nem precisa dizer que conquistou o maior espaço no coração do Luiz.
“Como foi a primeira neta, foi muita emoção. É muito bom ter criança dentro de casa de novo. Tivemos três filhos, sendo dois deles gêmeos. Da mais velha para os gêmeos a diferença foi pouca de idade, então, nossa casa sempre foi cheia de crianças e depois adolescentes. Quando cresceram, ficou vazia, só com um filho morando com a gente. Ter a Luiza em casa é uma delícia. Morremos de saudades quando ela não aparece”, afirma.
Se depender da Luíza, ele não estará sozinho. “Ela me acompanha em tudo. Senta comigo no escritório e fica desenhando, assistimos televisão juntos. É a nossa alegria”, conta emocionado.
São só alguns modelos de avós. Cada um desfrutando da melhor fase e não só para eles. Quem tem aproveite ao máximo, pois pesquisas apontam que a relação entre as partes tem impacto significativo na vida acadêmica e psicológica da criança, além de ajudar no desenvolvimento social.