O Estatuto do Idoso completa no próximo dia 1º de outubro, 18 anos. O professor do Curso de Medicina do Claretiano Centro Universitário José Luiz Riani Costa avalia que ao longo dos anos muitas foram as conquistas porém os desafios para que a população idosa tenha melhor qualidade de vida, ainda são muitos. “Atingindo a maior idade e muitos avanços nós tivemos nesse período, mas ainda tem muito a conquistar. Ainda temos na sociedade um preconceito contra as pessoas idosas e isso precisa ser enfrentado, deve incluir na educação desde os primeiros momentos da vida escolar a importância do respeito a todas as idades, a todas as gerações e particularmente a população idosa. É momento de comemorar, mas também unir nossas forças para que a população idosa tenha cada vez mais seus direitos garantidos”, salienta.
O professor destaca que os direitos que estão assegurados no Estatuto são importantes, mas que a sociedade também precisa estar vigilante e alerta para diversos tipos de violência que muitos idosos sofrem. “A violência contra a pessoa idosa que tem vários tipos, desde a violência física, mas tem a violência psicológica, tem o abandono de idosos que ficam sozinhos e a família não acompanha, a negligência que é um abandono mais sútil, que é negar ao idoso aquilo que ele tem expectativa de receber das pessoas da família ou da sociedade, tem violência financeira, que é o abuso financeiro, utilizar o cartão de benefício do idoso para conseguir financiamento consignado, abuso medicamentoso, sexual e tantas outras formas de violência contra a pessoa idosa que precisam ser combatidas”, observa.
SAÚDE DA POPULAÇÃO IDOSA
Estar atento à saúde da população idosa é um papel da família e também de diversos setores que podem contribuir. “Temos no Sistema Único de Saúde (SUS) uma Política Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa e inclui a existência da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa que tem distribuído nas unidades de saúde, nós estamos enfatizando isso com os alunos do Curso de Medicina do Claretiano Centro Universitário, estamos tentando incluir que todos os idosos que frequentam as Unidades de Saúde da Família recebam essa caderneta e a família continue o levando em todos os serviços de saúde para que a gente tenha esse perfil. Também a capacitação da rede, educação permanente dos profissionais de saúde para a atenção à essa população que merece um cuidado especial”, orienta.
Riani menciona que o mês de setembro também é dedicado à reflexão sobre a doença de Alzheimer. “É uma doença que tende a crescer, porque temos cada vez mais a população idosa aumentando é uma doença tipicamente dessa população, particularmente acima de 65 anos de idade. São muitos os temas que precisamos abordar, mas um conjunto de políticas públicas. Precisamos pensar em atividades de esporte e lazer, culturais, garantir condições dignas de moradia, em algumas situações, a população mais carente precisa de um apoio do poder público inclusive para adaptações do domicílio, no transporte coletivo, na adaptação do espaço urbano para a circulação dos idosos. Todas as políticas públicas devem ter o seu olhar voltado para esta população”, avalia.
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação