Para comemorar o Dia do Ceramista que ocorre hoje (28), a Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (ASPACER) divulgou alguns dados do setor no Polo Cerâmico de Santa Gertrudes, entre eles, o aumento no número de empregos diretos gerados nos últimos dez anos, que atingiu o crescimento de 46,5%, passando de 7.850 empregos em 2010 para 11.500 em 2020.
O Estado de São Paulo tem um papel de destaque na produção nacional de revestimentos cerâmicos, formado pelo Polo de Santa Gertrudes, constituído pelos municípios de Rio Claro, Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Iracemápolis, Limeira, Piracicaba e Ipeúna. “Nossa região reponde por 80% de todo emprego gerado na indústria cerâmica no Estado de São Paulo. Além disso, o setor contribui com cerca 200 mil empregos indiretos ao longo da cadeia produtiva da construção civil no Brasil”, destacou o diretor de relações Institucionais da ASPACER, Luís Fernando Quilici.
Ainda, segundo ele, o crescimento do número de empregos ao longo dos anos é reflexo da evolução de todo setor industrial cerâmico. “Essa trajetória foi construída através do esforço coletivo dos ceramistas, esferas governamentais e entidades ligadas ao conhecimento e tecnologia”, citou.
História
A indústria de Cerâmica para revestimentos no Brasil surgiu a partir de antigas fábricas de tijolos, blocos e telhas de cerâmica vermelha, que no início do século 20 começaram a produzir ladrilhos, mais tarde, azulejos e pastilhas cerâmicas e de vidros. Foi no início dos anos 70 que a produção atingiu uma demanda continuada, fazendo com que a indústria cerâmica ampliasse significativamente a sua produção, com o surgimento de novas empresas, gerando mais vagas de trabalho. “Há uma soma de fatores que são inerentes a esse cenário, que são a demanda por habitação e reformas no mercado interno e a melhora significativa nos processos produção, que permitiu com que o setor crescesse também no mercado externo. Aliado a isso, o setor cerâmico Brasileiro tem investido muito em tecnologia e na formação dos seus colaboradores, o que faz com que o Brasil tenha condições de oferecer produtos com um altíssimo nível de qualidade”, destaca Valmir Carnevali presidente do conselho Administrativo da ASPACER.
CONJUNTURA
Hoje em todo Brasil, o setor cerâmico conta com 93 empresas que têm instaladas 108 plantas em 13 estados fazendo com que o País figure como sétimo maior exportador do mundo, ocupe o 2º lugar entre os maiores consumidores e 3º maior produtor mundial de cerâmica de revestimentos ficando atrás apenas da China e Índia, respectivamente.
Para o presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), Benjamin Ferreira Neto, o atual momento é de continuar trabalhando pautas que estimulem o setor dentro da cadeia de valores da construção civil. “Mesmo diante da pior crise sanitária dos últimos cem anos, temos visto com muito otimismo as empresas trabalharem, e há perspectivas positivas de investimento. Para termos sucesso, é necessário seguir focando na consolidação da vocação exportadora da indústria cerâmica, no fortalecimento das relações institucionais no Brasil e no exterior e na defesa de políticas e programas setoriais de qualidade e competitividade, que privilegiem o DNA inovador de nosso setor”, afirma.
Benjamim destaca ainda, o empenho e cuidados rigorosos das indústrias de cerâmica na adoção de todos os protocolos de segurança para seus colaboradores, buscando proteger sua saúde e minimizar os riscos de contágio pelo novo coronavírus. “Os ceramistas e todos os recursos humanos são elementos mais importantes das nossas empresas”, conclui.
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