Tema recorrente a cada legislatura, a mudança da Câmara para um novo prédio voltou à tona quando o presidente da Casa, André Godoy (Democratas), declarou a intenção à reportagem do Centenário, em entrevista publicada no dia 20 de agosto.
Na ocasião, o parlamentar destacou que o estudo sobre a mudança seria uma das pautas de seu novo mandato à frente do poder legislativo, no biênio 2019/2020. O Centenário ouviu os vereadores, que opinaram sobre o assunto.
FAVORÁVEIS
No grupo dos parlamentares favoráveis à mudança de prédio estão Ney Paiva (Democratas), Hernani Leonhardt (MDB) e Yves Carbinatti (PPS). Eles afirmam que em um novo local, o poder Legislativo teria maior autonomia. ”Seria uma independência da Câmara, fora do prédio do executivo”, declarou Ney Paiva.
“A Câmara necessita de um prédio próprio para, além de configurar um poder independente, poder atender melhor os munícipes que nos procuram diariamente e que encontram dificuldades de acessibilidade, estacionamento e outras”, acrescenta Hernani.
FAVORÁVEIS COM RESSALVA
Entre os vereadores que também são adeptos da ideia, mas que se mostram preocupados com a situação fincaneira do município e do Brasil, estão Julinho Lopes (Progressistas), Maria do Carmo Guilherme (MDB), Irander Augusto (PRB), José Pereirinha (PTB) e Seron do Proerd (Democratas).
Eles destacam que o momento atual não é o mais apropriado para fazer o investimento e destacaram que outras áreas da cidade têm maior urgência. “É importante a divisão dos poderes. Até mesmo fisicamente não é adequado ter os poderes ocupando o mesmo espaço. Entretanto, o momento não é adequado devido à situação financeira que o país está passando. Temos outras prioridades e a prioridade não é investir em um prédio para Câmara”, declarou Seron do Proerd.
CONTRÁRIOS
Já no grupo contrário à separação de prédio dos poderes Executivo e Legislativo estão Carol Gomes (PSDB), Rogério Guedes (PSB), Rafael Andreeta (PTB), Paulo Guedes (PSDB) e Pastor Anderson (MDB). Os vereadores destacaram que um poder não influencia no outro por ocuparem o mesmo prédio e ressaltaram que Rio Claro possui demandas urgentes e mais importantes.
“Sou contrário devido à situação que se encontra o município. Falta remédio nas unidades básicas de saúde, médico, segurança, vagas em creches. Existem outras prioridades antes da construção de um novo prédio”, argumenta Rafael Andreeta. Já Paulo Guedes reiterou: “neste momento, não há necessidade, pois esta mudança vai onerar os cofres públicos”.
Até o fechamento da edição, os vereadores Val Demarchi (Democratas), Adriano La Torre (Progressistas), Thiago Japonês (PSB), Geraldo Voluntário (Democratas) e Luciano Bonsucesso (PR) não se manifestaram sobre o tema.