Embora o segundo trimestre de 2.019 tenha apontado 12 milhões de pessoas desempregas, dados apurados pelo IBGE (Institudo Brasileiro de Geografia e Estatística), porém, ao mesmo tempo, informa que atualmente são 13,1 milhões de pessoas que lutam por um lugarzinho ao Sol junto mercado de trabalho.
Importante ressaltar nesta oportunidade o fato de que, mesmo com essa pequena redução do desemprego, a economia sofre até hoje as conseqüências de uma política que não vem ao encontro do desejo de toda a população.
Hoje, com mais de 13 milhões de desempregados, os números são ainda mais desoladores, se considerados também os que estão sem carteira assinada ou desistiram de procurar trabalho, chegando a 28,4 milhões, um número preocupante e que merece a atenção com mais afinco por parte do governo em nível federal.
O país ainda não tomou consciência da bomba prestes a se explodir em seu mercado de trabalho, pois o desemprego ainda deve crescer, estendendo-se à preocupação da própria sociedade, ainda mais com cidadãos perdendo seus empregos, já que é um direito da empresa demitir por uma questão de ordem administrativa.
Há mais de duas décadas a produtividade das empresas está estagnada, porém, os planos de abertura de mercado forçam agora a modernizar suas unidades para um desenvolvimento mais efetivo e sólido, visando fortalecer os cenários favoráveis ao emprego.
Diferentes indicadores importantes à produção do país têm apontado para incentivar a modernidade em determinadas esferas da economia.
O balanço vai ao encontro do prognóstico pessimista da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no início desse ano. A entidade ainda em janeiro afirmou que o Brasil seria o motor do desemprego global, apesar de ter reconhecido a possibilidade de melhorar no ambiente econômico, a projeção alertou que as conseqüências de tal evolução demorariam para chegar ao âmbito do trabalho e se concretizar na criação de vagas.
Ao comparar os dados apresentados pelo IBGE nos primeiros três meses de 2.017, com as informações recentes ao período de outubro a dezembro do ano passado, destaca-se o aumento de 1,8 milhões de desempregados, o que equivale a 14,9%. O balanço também consultou recorde negativo no total de trabalhadores e, no trimestre encerrado, eram 33,4 milhões, o mesmo contingente desde o início da pesquisa em 2.012, houve queda de 3,5% em relação igual período de 2.016.
Outro levantamento obtido a partir das informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o resultado foi o segundo pior para o primeiro trimestre de 2.003. O saldo negativo foi influenciado pelas baixas do comércio, construção civil e tantos outros que desfilaram em épocas passadas.
A reforma trabalhista é a principal estratégia do governo federal no combate à escalada do desemprego. As mudanças aprovadas pela Câmara dos Deputados tempos atrás, foram 296 votos favoráveis e 177 contrários. Alteraram mais de 100 pontos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
As modificações se inspiraram no modelo adotado pela Espanha em 2.012, quando os europeus também vivenciaram os efeitos do encolhimento no mercado de trabalho.
A queda da inflação ao menor nível desde o início do Plano Real, em 1.994, evitou que a degradação da renda dos trabalhadores neste trimestre fosse maior, mas os dados negativos sobre o desemprego preocupam, tendo em vista a incapacidade do setor produtivo, sem que haja por parte do governo maior incentivo ao desempenho a contento da classe produtiva, responsável pelo crescimento econômico e pela expansão do emprego.