No início do mês de julho, uma senhora de 58 anos deu entrada na Santa Casa e foi medicada como sendo H1N1. Porém, o caso evoluiu e a senhora foi a óbito, ficando a suspeita sobre a doença.Com a chegada dos resultados dos exames enviados ao Instituto Adolfo Lutz, ficou descartada a hipótese da morte ter sido causado pelo vírus H1N1. Lembrando ainda que a melhor forma de prevenção contra a gripe é a vacinação, que ainda está à disposição da população nas unidades de saúde.
MORTES
Segundo a Vigilância Epidemiológica de Rio Claro, desde o início do ano três mortes foram confirmadas. Entre os óbitos estão um casal, registrados em abril. Marido e mulher ficaram internados em um hospital particular da cidade e morreram com poucos dias de diferença.
A idade das vítimas era 54 e 57 anos. De acordo com a VE, os dois tinham direito à vacina por apresentarem comorbidades, que são doenças que podem oferecer mais risco caso seja contraído o vírus. Um dos pacientes tinha sobrepeso e cardiopatia e o outro hipertensão.
A terceira morte foi de uma mulher de 51 anos de idade. Ela não fazia parte dos grupos de risco, portanto não podia receber a vacina na rede pública. A paciente, segundo a Vigilância não apresentava nenhum problema de saúde e faleceu no dia 23 de junho, mas ficou internada dez dias em outro hospital particular do município.
BRASIL
O número de mortes por gripe neste ano no Brasil quase triplicou em relação a 2017. Até 14 de julho, foram 839 vítimas, segundo o Ministério da Saúde. Desses, em São Paulo foram 320.
De acordo com o Marcos Boulos, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de SP, dos subtipos do vírus da gripe, o H1N1 é o pior e pode agravar o quadro de indivíduos de quase todas faixas etárias. O professor esclarece que as epidemias são sempre esperadas em estações mais frias, no caso o outono e o inverno. No entanto, elas nunca são iguais por depender de diversos fatores, e geralmente surgem com mais força em intervalos de três anos.
O professor Boulos ressalta a importância da vacina e lamenta o fato de que um movimento atual contra essa prevenção esteja trazendo de volta à população doenças que antes foram erradicadas. O médico completa, afirmando que um dos principais motivos pelos quais a vida média do brasileiro vem aumentando é justamente o desenvolvimento das vacinas no País.