O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania) esteve em Rio Claro nesta quinta-feira (8) e passou pela redação do Diário, acompanhado da vereadora e companheira de partido Caroline Gomes de Melo. Ambos disputam as eleições neste ano. Jardim tenta a reeleição para o quinto mandato como deputado federal e Carol é candidata a deputada estadual.
Com trabalho focado no desenvolvimento do agronegócio de forma sustentável, o deputado se reuniu com produtores rurais do município. Em sua passagem pela redação do DRC, falou sobre seu trabalho parlamentar e vínculo que possui com Rio Claro. “Tenho um vínculo muito antigo com Rio Claro. No meu mandato como deputado estadual consegui, por várias vezes, parcerias e recursos que foram repassados ao município. Como secretário da Habitação entreguei um conjunto da CDHU e agora, no meu tempo como secretário da Agricultura, ajudamos os produtores rurais”, destacou Jardim.
Carol e Jardim trabalham em conjunto para apoiar o SIM (Serviço de Inspeção Municipal), buscando fortalecer e aprimorar o convênio com o sistema de inspeção estadual para auxiliar o desenvolvimento de produção artesanal de embutidos, queijos e outros produtos. A parceria dos parlamentares também viabilizou viaturas para a área da saúde, recursos destinados a programas de reserva ambiental, e também na área de juventude com a implantação de um centro de tecnologia.
Melhorias na infraestrutura
O deputado ressaltou investimentos atuais que estão sendo feitos na cidade cuja obtenção teve participação sua, de Carol e do prefeito Gustavo Perissinotto. Um desses projetos trata das oficinas de vagões. “Fomos nós que intermediamos. Acompanhamos o prefeito à Rumo para tratar da manutenção das oficinas e reutilização do espaço na área central após a transferência”, informou. Há projeto em andamento para transferir as oficinas para o Jardim Guanabara.
No setor cerâmico, o deputado trabalha junto à Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo) para construir um novo acesso à cerâmica Delta, que após expansão será a maior fábrica cerâmica da América Latina. Também juto à Artesp, há tratativas para redefinir área de acesso a um novo loteamento que será construído na região do Jardim Novo. De acordo com Jardim, a proposta já foi protocolada e aguarda aprovação da agência e da concessionária.
Carol e Jardim também tiveram participação na conquista de recursos que estão sendo investidos em melhorias na infraestrutura do município. “O prefeito Gustavo fez parcerias com o governo do estado através do programa Nossa Rua. São R$ 20 milhões de investimentos, sendo R$ 10 milhões do estado e R$ 10 milhões da prefeitura. Outro convênio prevê mais R$ 25 milhões em investimentos. No total, serão investidos R$ 70 milhões no viário da cidade, o maior programa de investimentos do município”, frisou.
Floresta Estadual
A desocupação das famílias que residem na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena) também foi abordada. “Tem que haver uma solução negociada. Há um processo de reintegração de posse e conseguimos um tempo maior para a desocupação”, comentou o deputado, ressaltando o trabalho conjunto realizado com Carol.
A vereadora lembrou que a desocupação das famílias do “horto” e o desenvolvimento sustentável da floresta são pautas com as quais trabalha desde 2019. “Nunca ninguém tinha pegado o horto para transformar e desenvolver o turismo sustentável do espaço. Uma vereadora de primeiro mandato encampou esse projeto. Fizemos uma sondagem de mercado com bastante adesão da indústria hoteleira e um festival gastronômico de sucesso. Quando íamos abrir as permissões de uso veio a pandemia e tivemos que parar”, conta Carol.
Agora, o projeto foi retomado. O governo estadual liberou R$ 3,3 milhões para investimentos na Feena. “O Jardim intermediou junto à Fundação Florestal e Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Assim, conseguimos a verba de R$ 3,3 milhões para reformar os prédios da floresta e implantar um parque linear e internet. O dinheiro já está na conta do município, os trabalhos já começaram e tudo vai ser entregue à iniciativa privada por meio de permissão de uso”, explica Carol. “O local vai ser totalmente transformado e essa é a minha maior conquista como vereadora e parlamentar”, acrescenta.
Mas o trabalho continua. Carol pleiteia uma cadeira como deputada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e, se eleita, terá como meta alterar o convênio de permissão de uso para concessão. Com isso, o prazo de exploração, que hoje é de cinco anos renováveis por mais cinco, passará para 30 anos. “Minha proposta é mudar para concessão. A indústria hoteleira tem interesse, mas precisa de um tempo mais longo para o investimento”, observa.
Jardim lembrou de sua visita à floresta no dia 5 de junho deste ano onde participou de evento que discutiu o uso racional do espaço. “Quando você tem um espaço ambiental a tendência é pôr numa redoma de vidro e deixar parado, e não pode ser assim. Tem que ter uso racional da área para introdução de um novo conceito de uso”, pontuou Jardim citando como exemplo a implantação de trilhas e locais para observação de pássaros.
O projeto de reestruturação da Feena prevê a implantação de uma vila gastronômica, parque linear, restaurante, hotel, pousada, internet, além da reforma do prédio do museu.
Agro sustentável
Arnaldo Jardim lembrou que o Brasil pretende ser campeão da Copa de Futebol do Catar, porém já é campeão na agricultura. “O Brasil é o maior produtor de proteína do mundo, sendo primeiro em bovina, segundo em aves e quarto em carne suína. Tivemos uma produção de grãos extraordinária com previsão superior a 300 milhões de toneladas”, destaca.
De acordo com ele, o desenvolvimento do agro tem que ser feito em três pilares. Primeiro a pesquisa, ou seja, o aumento da produção tem que ocorrer por meio do aumento de produtividade e não da ocupação de mais áreas. Segundo vem a implementação do código florestal, através do Cadastro Rural Ambiental (CAR) e programa de regularização ambiental que prevê que as propriedades rurais devem ter 20% de reserva legal (área de preservação). Em terceiro está o uso de bioinsumos – adubos e defensivos de base biológica – previsto no Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono).
O deputado foi relator de matéria aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente que institui o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). O Ministério do Meio Ambiente está regulamentando o PSA que vai estimular e premiar as boas práticas ambientais. “Se o produtor fizer 22% de reserva legal ao invés de 20%, aumentar a vazão de água ou diminuir o assoreamento, pode se beneficiar do PSA. O Brasil pode ser grande produtor em harmonia com a natureza, cuidando da água e do solo”, conclui.
Por Redação DRC / Foto: Diário do Rio Claro