A Comissão de Finanças da Câmara Municipal realizou audiência pública nesta terça-feira (28) para prestação de contas do quadrimestre dos secretários municipais Giulia Puttomatti (Saúde), Valéria Vélis (Educação), Carlos Gil (Economia e Finanças), Rogério Marchetti (Administração) e José Renato Martins (Negócios Jurídicos) que foi representado pelo chefe de gabinete, Gustavo Arnost Barbosa.
A maior parte do tempo da audiência foi ocupada pela secretária municipal de Saúde, Giulia Puttomatti. Ela foi muito questionada pelos vereadores que participaram da audiência. Um dos principais questionamentos foi a demora no atendimento nas unidades de pronto-atendimento (UPA), tanto da Avenida 29 quanto no Cervezão. Foi sugerida a colocação de um quinto médico nas unidades para agilizar o atendimento dos pacientes.

A secretária informou que as UPAs atendem, em média, 600 pessoas por dia cada uma. De acordo com ela, 85% desses atendimentos são casos leves e não urgentes, que poderiam ser resolvidos nas unidades de saúde dos bairros (UBS/USF).
Segundo ela, as UPAs são destinadas aos atendimentos urgentes como infartos, AVCs, traumas graves e ocorrências similares. “A UPA faz atendimento que não lhe compete e não pode responder por todo acolhimento da cidade. Se o caso não é urgente, a pessoa deve procurar a UBS ou USF”, frisou a secretária.

Ela citou ainda como fator gerador de filas nas UPAs a emissão de atestados médicos e a realização de testes de Covid-19. Segundo ela, a rede privada de saúde não realiza esses serviços o que sobrecarrega a rede pública. “Os planos de saúde não estão testando Covid e a rede privada não fornece atestados, quem faz é o SUS”, ressaltou Giulia, observando que isso contribui para aumentar o afluxo de pessoas para as UPAs.
A secretária disse que não tem como ampliar o pronto-atendimento do Cervezão. Para aumentar a oferta de médicos, o município fez parceria com o Claretiano – Centro Universitário para prestação de serviços dos residentes do curso de medicina. O mesmo será feito na UPA da Avenida 29. Porém, conforme ela, a ampliação de médicos e outras medidas não terão resultado eficiente se as unidades de urgência e emergência não forem utilizadas de acordo com as suas finalidades, ou seja, atender casos urgentes.
Da audiência pública participaram os vereadores Adriano La Torre, presidente da Comissão de Finanças, Geraldo Voluntário, Rodrigo Guedes, Rafael Andreeta, Val Demarchi, Serginho Carnevale, Rafael Andreeta, Paulo Guedes e Vagner Baungartner.
Por Ednéia Silva / Foto: Emerson Augusto/Câmara Municipal