Passamos pelo período da segregação, onde as pessoas com deficiência eram isoladas do convívio social.
Em seguida, veio a integração, onde a sociedade passou a reconhecer as pessoas com deficiência, mas ainda sim com diferenças, e não de tal forma como pessoas com direito de convivência social completa, e não facilitando o mesmo. Hoje, estamos no período da inclusão e precisamos avançar, romper com estigmas que ainda persistem. Não podemos, não devemos atrelar a deficiência com incapacidade. O que é incapacidade se consultarmos o dicionário? “Falta de capacidade; falta de aptidão, de habilidade; incompetência, inaptidão”.
Diante desta definição, como podemos focar a incapacidade na pessoa com deficiência como se toda pessoa com deficiência fosse incapaz? Oras, vamos a alguns exemplos: um deficiente físico (com paraplegia, que “não consegue movimentar ou sentir as pernas”) “sozinho” pode subir em uma calçada? Se ele estiver utilizando uma cadeira de rodas, que é considerada um meio auxiliar de locomoção, e nesta calçada tiver uma rampa de acessibilidade, sim. Um deficiente visual (cego) consegue atravessar uma rua “sozinho”? Sim, se houver semáforo sonoro, não existe nenhum problema.
A partir destes simples exemplos e pontuando que nossa legislação vigente estabelece a necessidade e obrigatoriedade da sociedade se adaptar às pessoas e suas diferenças, e não as mesmas a esta, onde está a incapacidade na pessoa ou no ambiente, se não nas condições para a pessoa com deficiência? A deficiência é algo em relação à pessoa, à condição física, intelectual, visual, auditiva, exista acessibilidade ou não, a deficiência está lá.
Já a incapacidade é gerada a partir das barreiras do meio para que a pessoa possa realizar determinada ação. Assim, o nosso papel como cidadão é buscar contribuir para eliminar barreiras físicas e atitudinais para que as pessoas com deficiência venham a viver com plenitude e desenvolver suas potencialidades.
Paulo Meyer, Radialista e Assessor dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Municipio de Rio Claro.
Vilson Andrade, Jornalista, Analista de Politicas Públicas, Bacharel em Direito, Especialista em Gestão Pública.
Giro Inclusivo
Rio Claro conta com novo ônibus escolar com acessibilidade
A prefeitura de Rio Claro está ampliando a frota municipal do transporte escolar. O município recebeu no último dia 25 de setembro um novo ônibus adaptado para também atender alunos com deficiência. O veículo possui cadeira com elevador que possibilita o acesso aos cadeirantes. O ônibus tem 60 lugares e será utilizado nas linhas urbanas e rurais atendidas com frota própria do município.
Bate papo Literário: Tema Inclusão
Os alunos da escola Chanceler estiveram presentes na biblioteca do Centro Cultural no último dia 21 de setembro e, com a mediação de Paulo Meyer, Assessor dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e Vilson Andrade, analista de Políticas Públicas, conversaram sobre a data, utilizando como base literária o clássico livro “Feliz ano velho”, de Marcelo Rubens Paiva. Foi um bate papo que trouxe muito aprendizado e crescimento para todos.
ADERC Associação dos Deficientes de Rio Claro
No último dia 22 de setembro aconteceu a festa da Primavera, na sede da Associação, e contou com várias atrações musicais, entre outras atividades.
Associação Semeando a Esperança – Pastoral do Deficiente
Foi realizada no último dia 23 de setembro, em razão do Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, a festa da associação Semeando Esperança, Pastoral do Deficiente, no Centro comunitário Beija Flor.
Mais forte que a Deficiência
Ainda no último dia 23, aconteceu a 2ª Caminhada e Corrida Mais Forte que a Deficiência e foi um SUCESSO!!! Organizada pela Ong Mais forte que a deficiência, este evento também faz parte do circuito Inclusivo, organizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Diretor da CIF Brasil realiza palestra em Rio Claro.
Foi realizado no último dia 26 de setembro, no Auditório I (Anexo ao refeitório) do Núcleo Administrativo Municipal, a palestra sobre CIF – CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE, ministrada pelo Dr. Eduardo Santana Cordeiro, que é fisioterapeuta neurofuncional com mestrado em epidemiologia e doutorado em saúde pública. O evento foi organizado pela Fundação Municipal de Saúde/Centro de Habilitação Infantil “Princesa Victoria”, Diretoria de Políticas Especiais – Assessoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e contou também com o apoio do Nestd – Núcleo de Educação, Treinamento e Desenvolvimento, e diretoria da CIF Brasil.
Por Paulo Meyer e Vilson Andrade