A Defesa Civil de Rio Claro registrou neste ano 29 ocorrências de incêndios abrangendo área da Floresta Estadual Edmundo Navarro, matas e terrenos.
A maioria dos casos foi registrado no mês de junho, com 11 atendimentos para contenção de fogo. Neste mês, já foram sete. Em 2017, um total de 62. Já em 2018, o número foi de 83.
Um dos locais que as equipes da Defesa Civil também precisaram atuar foi em uma grande área no Jardim Santa Maria, na tarde de quinta-feira (11), para combater o fogo. “O local possui mata rasteira e as chamas produziram um grande incômodo aos moradores de toda aquela região”, comentou o diretor municipal da Defesa Civil, Wagner Martins Araújo.
O trabalho foi mais um desdobramento da operação De Olho na Queimada, no qual a Secretaria Municipal de Segurança, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Sistema Viário intensifica o monitoramento contra incêndios, que ficam mais frequentes nesta época de estiagem.
O período de tempo seco tem sido propício para esses registros de queimadas e incêndios. De acordo com a Defesa Civil, as temperaturas são baixas nos períodos da madrugada e manhã, já à tarde aumentam e a umidade relativa do ar fica mais baixa, com isso as ocorrências com incêndios florestais e de terrenos se tornam mais frequentes.
Por isso, a prefeitura reforça a importância da comunidade colaborar e não colocar fogo em terrenos e vias. Embora esta prática seja “costumeira” para muitas pessoas, se faz necessária a conscientização de que um grande número de pessoas sofre as consequências destas queimadas por conta da fumaça que se espalha cobrindo uma grande área. Pessoas com algum tipo de debilidade de saúde, crianças e idosos são as mais prejudicadas”, observou Araújo.
INCÊNDIOS CRIMINOSOS
Em muitas situações, os incêndios são propositais e até criminosos, porém, difícil identificar os autores. Muitos acontecem na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade. Com o período de estiagem nos meses de junho a outubro, a Feena acende o sinal de alerta para as ocorrências de incêndios florestais, que causam numerosos danos à biodiversidade e à sociedade, pois resultam em perdas ambientais, econômicas, afeta vidas humanas e contribui para o aumento das emissões de CO2, agravando o fenômeno das mudanças climáticas. Dentre as principais causas dos incêndios florestais ocorridos na FEENA estão: fogo em resíduos sólidos (lixo), criminoso, rituais religiosos, balões e renovação de pasto.
Por meio do Decreto Estadual nº 56.571/10 e da Resolução SMA 23/2011, o Governo do Estado de São Paulo instituiu o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que tem por objetivo proteger as áreas de cobertura vegetal contra incêndios, os recursos naturais e a sociedade civil.
Para efetivação do sistema foi criada a Operação Corta Fogo, que representa um conjunto de ações destinadas a monitorar, prevenir, controlar e combater incêndios em coberturas vegetais, com a participação dos diversos níveis de governo e empresas parceiras. Até este ano, 240 municípios aderiram à Operação Corta Fogo, com o compromisso de atuarem com prevenção e combate a incêndios florestais no seu território.
A gestão da FEENA (Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade) informou que tem trabalhado de forma contínua desde 2010 nas questões relacionadas aos incêndios florestais. No Plano de Manejo atual da unidade, que representa um instrumento de gestão aprovado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente, consta o Programa de Combate a Incêndios Florestais e Recuperação de Áreas Degradadas. Este programa tem como objetivo desenvolver atividades relativas à temática de incêndios florestais. A FEENA possui neste programa o Plano Preventivo de Combate a Incêndios Florestais-PPCIF-FEENA, que tem como pilares de sustentação a prevenção e o combate.
Nas ações de prevenção destaca-se: execução de aceiros, divulgação nas mídias, educação ambiental e cursos de capacitação que são coordenados pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), por meio do Comitê Executivo da Operação Corta Fogo, representado por membros da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB), Fundação Florestal, Instituto Florestal, Defesa Civil, Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiro.