A Defesa Civil de Rio Claro registrou em 2021, 192 atendimentos de ocorrências relacionadas a incêndios. Neste ano de, de janeiro a junho, foram 26 atendimentos. As equipes passam por constantes treinamentos para atender a demanda. Um deles aconteceu recentemente para que as equipes possam atuar durante a Operação Corta Fogo que ocorre em todo o estado de São Paulo.
ESTADO
Conforme divulgou a Defesa Civil do Estado, ações humanas estão entre os principais motivos das ocorrências de incêndios florestais. Incêndios criminosos provenientes da queda de balão, uso irregular do fogo em atividades agropecuárias e o vandalismo estão entre os motivos que mais causam incêndios florestais em São Paulo, segundo dados do Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas publicado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.
Em 2021, por exemplo, mais de 76% dos 239 focos tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas, que culminaram com a queima de mais de 12 mil hectares de mata, sendo 9.986 dentro das Unidades de Conservação- UCs e 2.893 nas zonas de amortecimento. Em 2022, das 14 ocorrências registradas até agora, maior parte também está relacionada ao uso irregular do fogo.
O incêndio florestal prejudica a vegetação e causa a morte de animais silvestres, além de aumentar a poluição do ar, diminuir a fertilidade do solo, oferecer risco de queimaduras, acidentes com vítimas e causarem problemas de saúde na população.
CRIME
Importante ressaltar que fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios tanto florestais quanto urbanos é crime ambiental com pena de um a três anos de prisão ou multa.
OPERAÇÃO
Para prevenir as queimadas, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente promove até o mês de outubro uma campanha de conscientização com objetivo de alertar a população o perigo que essas atitudes podem causar.
Em 2010, o estado de São Paulo instituiu o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que visa, dentre outras ações, a diminuir os focos de incêndio no estado e estimular o desenvolvimento de alternativas ao uso do fogo para o manejo agrícola, pastoril e florestal.
Esse sistema, chamado de Operação Corta-Fogo, é composto por diversos órgãos e desenvolve uma série de atividades de forma permanente, de acordo com as necessidades e priorizações que cada período exige, dentro de um cronograma ao longo do ano.
Fases da Corta-Fogo
Fase verde (janeiro a março, novembro e dezembro): essa fase é dividida em duas etapas. A primeira delas, de janeiro a março, é dedicada a atividades de planejamento e início das medidas de prevenção e preparação. No final do ano, é realizada uma avaliação da temporada de incêndios e são iniciados os preparativos para o ano seguinte.
Fase amarela (abril e maio): a fase amarela requer foco nas ações preventivas e de preparação para enfrentar os incêndios florestais. Nessa fase, as atividades de treinamento, capacitação, elaboração e revisão de planos preventivos e de contingência ganham prioridade.
Fase vermelha (de junho a outubro): nessa fase, as ações de combate ao fogo e de fiscalização repressiva são priorizadas e as estratégias de comunicação e campanhas preventivas ganham reforço.
A Operação Corta-Fogo conta com o apoio de diversos órgãos estaduais como a Coordenadoria Estadual de Proteção Defesa Civil (CEPDEC), o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar Ambiental, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a Fundação Florestal (FF). A coordenação do sistema é realizada pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, por intermédio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB). A articulação entre essas instituições ocorre por meio do Comitê Executivo, que tem como objetivo delinear ações integradas e complementares.
Atendimentos de incêndios
De janeiro a junho de 2021 foram 192 atendimentos de incêndios registrados pela Defesa Civil De Rio Claro. De janeiro a junho de 2022, foram 26 atendimentos.
Por Redação DRC / Foto: Arquivo/Defesa Civil