A edição de 28 de janeiro de 1973 do jornal Diário do Rio Claro trazia em sua primeira página, matéria de página inteira sobre a inauguração naquele dia, do então novo Estádio Municipal da cidade de Rio Claro.
Informava que a obra realizada durante a administração do prefeito Dr. Álvaro Perin, em tempo recorde de apenas 10 meses, havia custado cerca de CR$2 milhões inteiramente custeados pelos próprios da municipalidade.
Foi uma longa e árdua empreitada. Até então, o Rio Claro FC, o clube que leva o nome e as cores da cidade, mandava seus jogos no antigo estádio municipal, espaço hoje ocupado pelo Espaço Livre da Avenida Visconde.
Devido a grandeza e importância que o Azulão havia conquistado no cenário futebolístico do Estado de São Paulo, o local havia se tornado acanhado e obsoleto não atendendo mais às necessidades do Rio Claro FC.
Entre idas e vindas, a primeira lei a autorizar a construção de um novo estádio municipal foi promulgada em 15 de setembro de 1962 e ratificada em 11 de setembro de 1971.
O terreno escolhido foi ao lado do ginásio municipal de esportes, ocupando uma área de 50 mil metros quadrados, localizada entre as ruas 9 e 11 e avenidas 23 a 29, no bairro do estádio. Curioso, é que o bairro já tinha esse nome mesmo antes da construção do Estádio.
O projeto e construção do novo estádio municipal coube ao engenheiro rio-clarense Marco Antonio Padula. Inicialmente, com capacidade para 15 mil espectadores, o estádio foi construído tendo 2 vestiários principais para jogadores, 1 vestiário para juízes, 1 sala para fisioterapia, sala para reuniões sociais, 4 salões para alojamento de atletas, 4 amplos sanitários, 2 bares sociais e amplas acomodações.
Destacava-se ainda, como sendo pioneiro no mundo, na construção de arquibancadas com assentos pré-moldados, representando uma inovação nos sistemas e técnicas de construção.
A festa de inauguração naquele domingo ensolarado de 28 de janeiro de 1973 começou às 10 da manhã e contou com a apresentação da Banda Marcial da Polícia Militar do Estado de São Paulo, além do número dos cães amestrados daquela corporação.
Finalmente, às 16 horas, a execução do hino nacional e, em seguida, o grande jogo inaugural entre Rio Claro FC e SC Corinthians Paulista, no qual desfilavam entre outros craques de projeção nacional, o tricampeão mundial Roberto Rivelino. À época, a diretoria do Rio Claro FC era presidida por Antonio Gimenez.
Inicialmente, o novo estádio municipal foi chamado de Dr. Álvaro Perin. Anos depois, contudo, uma lei aprovada pela Câmara Municipal alterou o nome para Dr. Augusto Schmidt Filho, do saudoso ex-prefeito de Rio Claro.
Ao longo dos seus 50 anos, o Schmidtão, a casa do Rio Claro FC, foi palco de grandes conquistas do Azulão de Rio Claro que encheram de orgulho e estão para sempre na memória de sua vibrante e numerosa torcida. Parabéns, Schmidtão!
SCHMIDTÃO SERÁ AMPLIADO!
Antigo anseio do torcedor do Rio Claro FC, e porque não dizer do esportista rio-clarense em geral, a ampliação das arquibancadas do estádio municipal Dr. Augusto Schmidt Filho parece que finalmente sairá do papel.
O Diário oficial do município de Rio Claro traz em uma de suas mais recentes edições, a publicação do extrato do contrato firmado entre a LMG Manutenção e Comércio em Geral e o município de Rio Claro
A viabilidade do projeto foi obtida por intermédio de convênio firmado entre a Secretaria de Desenvolvimento Regional do Governo do Estado de São Paulo e o município de Rio Claro para atender a demanda da Secretaria Municipal de Esportes.
O valor da obra é de R$ 664.537,73 (Seiscentos e sessenta e quatro mil, quinhentos e trinta e sete reais e setenta e três centavos). O contrato, que tem vigência por período de 6 (seis) meses, foi assinado no último dia 10.
Por Geraldo Costa Jr.