A Plantio será em áreas que somam mais de 5 hectares, em parceria com SOS Mata Atlântica, Jaguatibaia Associação de Proteção Ambiental e Consórcio PCJ em novas ações de preservação e recuperação do manancial de captação de água da cidade.
Dando continuidade ao cronograma do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), o DAAE (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) de Rio Claro está organizando novos plantios a serem feitos.
Com grande repercussão e aceitação entre os proprietários rurais da região, o PRAD já tem assinado termos de adesão de propriedades cujas áreas a serem recuperadas somam mais de 56 mil m² (5,6 hectares), com o plantio de mais de 14 mil mudas de árvores.
Esse programa visa garantir água para as futuras gerações e proporcionar aos proprietários rurais a recuperação e a preservação dessas áreas em suas propriedades, beneficiando a disponibilidade hídrica e adequando as propriedades às exigências da legislação.
Outras reuniões com os proprietários estão planejadas para acontecer nas próximas semanas para acelerar o andamento do projeto, com objetivo de dar início ao plantio dessa primeira etapa já no início da época de chuvas que se aproxima.
Esse novo plantio será realizado pelas entidades SOS Mata Atlântica e Jaguatibaia Associação de Proteção Ambiental, por meio de convênio firmado com o DAAE, responsável pelo monitoramento dos mananciais de captação de água de Rio Claro para o tratamento e distribuição para a população, e o Consórcio PCJ.
Nessa primeira fase do programa, o objetivo é a recuperação das áreas de proteção permanente (APP’s) localizadas às margens do Rio Corumbataí, desde a unidade de captação da Estação de Tratamento de Água (ETA 2), na Avenida Brasil, entre o Distrito Industrial e o Distrito de Ajapi, até a divisa com Corumbataí, próximo ao Distrito de Ferraz, totalizando em todas as etapas, o plantio de mais de 76 mil mudas de espécies nativas para recuperação florestal das matas ciliares ao longo desse manancial.
Já a segunda fase do programa prevê a recuperação das matas ciliares desde a unidade de captação de água da ETA 1, no Ribeirão Claro, próxima da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), até a rodovia Rio Claro-Araras.
As fases seguintes destinam-se à recuperação do restante das APP’s ao longo dos principais mananciais de captação, sendo integrado ao Projeto Nascentes Rio Claro, desenvolvido pelo DAAE desde 2017, com a recuperação de 10 nascentes por ano, com a participação de alunos da rede pública e privada municipal, no plantio das mudas e ainda recebem orientação e educação ambiental voltada ao uso sustentável de água e preservação dos mananciais e do meio ambiente.
O mapeamento e quantificação das áreas degradadas foram feitos pela Equipe de Engenharia e Meio Ambiente do DAAE, com uso das mais modernas tecnologias de geoprocessamento.
Essa ferramenta foi introduzida na autarquia com a implantação do Sistema de Cadastro Técnico de Redes Georreferenciado e de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental, integrado ao sistema comercial e de atendimento, que permite também o cálculo de vazões e pressões na rede com base nos dados de leitura e demanda de água de cada um dos usuários.
O acompanhamento do plantio e manutenção da recuperação florestal serão feitos por monitoramento de imagens de satélite, fotografias e filmagem georreferenciadas das atividades que serão realizadas em cada uma das propriedades, através de drones da Defesa Civil de Rio Claro.
Essa atualização tecnológica do DAAE torna possível a obtenção de um alto grau de qualidade no monitoramento operacional das redes hidráulicas e das condições dos mananciais da captação. Os mais de 60 pontos de monitoramento da qualidade da água dos rios monitorados pelo DAAE já estão lançados no Cadastro Georreferenciado da autarquia, proporcionando uma análise muito mais apurada das condições dos corpos d’água, inclusive para a identificação de lançamentos clandestinos de esgotos e outros poluentes, que serão automaticamente informados aos órgãos ambientais de fiscalização e controle, como CETESB, Vigilância Sanitária e Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, como determina a legislação, para suas providências.
Os trabalhos também terão apoio logístico das secretarias municipais do Meio Ambiente, Agricultura, Governo e Mobilidade Urbana.
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