Quando a Santa Casa de Rio Claro abriu suas portas em 28 de março de 1885, a medicina ainda usava as sanguessugas para praticamente em tudo. De lá para cá, o avanço tecnológico proporcionou aos pacientes mais qualidade de vida. Hoje, ao completar 137 anos, a Santa Casa de Rio Claro é uma referência entre os hospitais filantrópicos da região. “Esse é um trabalho que foi sendo construído ao longo da história, não apenas com médicos, mas, com todos os colaboradores, de todas as áreas”, diz o diretor Alfredo Lima.
Os últimos dois anos, diante da maior crise na área da saúde desse século, a pandemia por Covid-19, o posicionamento do hospital foi fundamental. Todos os protocolos foram construídos através de um trabalho muito próximo junto aos maiores médicos e pesquisadores do país.
O setor de doações se mobilizou rapidamente, buscando recursos junto ao poder público e privado, garantindo um atendimento de alto nível, inclusive, com equipamentos de última geração usados nos melhores hospitais particulares. “A doação através da conta do DAAE, doação através do IPTU, a Nota Fiscal Paulista e até a doação das notas fiscais nas urnas espalhadas pelo comércio local, têm sido fundamentais para fomentar o nosso trabalho. Agora precisamos intensificar essas ações e contar com a ajuda da população para que apoiem a entidade”, diz Jorge Pedro, Vice-Provedor.
Nos últimos anos, os quartos do setor que atende o Sistema Único de Saúde (SUS) foram reformados, ganharam nova hotelaria, cama elétrica e respiradores de última geração, também foi construída uma nova ala pediátrica diferenciado, separado do setor adulto, com nova decoração e até narração de histórias para as crianças assistidas no período de internação. “Temos trabalhado, diariamente, para oferecer um atendimento humanizado para todos os pacientes, além daquilo que acreditamos ser a nossa missão”, diz Danúzio Diniz, Provedor da Santa Casa.
No último dia 6 de março, a Santa Casa fechou o setor do covidário depois de quase dois anos de trabalho intenso na luta para salvar vidas. Nesse período, funcionários se mobilizaram pela causa e houve uma grande mudança em toda a estrutura. Escalas médicas, mudança de prédio para instalação dos pacientes em isolamento e toda a luta das centenas de profissionais que atuam no hospital, diariamente. “Esse aniversário é ainda mais especial, porque sentimos que fechamos um capítulo da história do mundo. Foi a primeira vez que essa geração de gestores e profissionais enfrentaram algo dessa magnitude e ficamos honrados em ver como toda a equipe trabalhou e reagiu. Sem eles, o hospital é apenas um amontoado de máquinas e tijolos”, finaliza o diretor Francisco Sterzo. “Agradecemos, profundamente, todas as pessoas que estiveram conosco nesse período, principalmente, nessa luta durante a pandemia”, finaliza Danúzio Diniz.
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