São inúmeros os relatos de animais que se machucam ou até mesmo morrem no período do Réveillon devido ao barulho dos fogos. Apesar do alerta e de inúmeros pedidos de protetores de animais, a queima de fogos continua.
O barulho, que nem sempre agrada a nós, seres humanos, perturba de maneira ainda mais forte os pets que, na tentativa de se proteger ou fugir dos estouros, acabam de machucando. O veterinário Eduardo Luiz Paraluppi, em entrevista ao Diário do Rio Claro, deu algumas orientações sobre como amenizar o sofrimento dos bichinhos.
Segundo o especialista, manter os animais próximos aos seus tutores e fazer com que eles se sintam protegidos pelo dono é a melhor forma. “É preciso pensar sempre em trazer tranquilidade ao seu animal no momento da queima de fogos, que acredito estar havendo uma redução na procura por essa diversão nessas épocas do ano. O pessoal está se conscientizando cada vez mais a respeito”, comenta.
Outra alternativa é socializar o animal. “Penso sempre que uma forma bacana é manter esse animalzinho em questão sempre circulando, passeando com seu tutor para se familiarizar com diversas formas de situação, pessoas e barulhos, assim gastando energia consecutivamente e proporcionando um melhor bem-estar a esse animal em várias situações.”
Sobre o uso de medicamentos para acalmar, o veterinário se diz contra a medida. “Sem uma indicação com estudos comprovando a necessidade do paciente, ou seja, muito rara a necessidade. Na maioria das vezes, o tutor trazendo ‘confiança’ ao animal será o suficiente. Além de não demonstrar medo e desespero dos tutores nessa hora já é um ótimo caminho. Por isso, a socialização desse animal se torna fundamental tanto ao psicológico, quanto para a saúde cardiovascular”, observa.
Paraluppi, que realiza também atendimento a domicílio de equídeos e caninos, ressalta que é importante observar o ambiente em que o animal está, principalmente para evitar um acidente fatal. “Em uma situação em que os tutores saem para viajar e deixam o animal em local de risco, um apartamento em caso de cães e, no caso de um cavalo, uma cocheira sem recursos de estrutura, pode até levar o animal a óbito”, alerta o veterinário.
PROJETO DE LEI
O Projeto de Lei 11/2017, de autoria do vereador Julinho Lopes (Progressistas), que proíbe fogos de artifício com estouros e estampidos em Rio Claro, foi aprovado em segunda discussão no dia 26 de agosto e sancionado no dia 28 de agosto. Entretanto, de acordo com a prefeitura, o documento aguarda regulamentação, portanto, ela ainda não vigora no município.
Foto: Diário do Rio Claro