Fato raro no futebol brasileiro. Um técnico deixa o cargo não em decorrência de maus resultados, mas por questões externas de interesse pessoal.
Aconteceu nesta quarta-feira (26), com o técnico Cuca, que deixou o comando técnico do Corinthians, menos de uma semana após ter assumido o cargo, após a vitória sobre o Remo-PA, nos pênaltis, que valeu a classificação da equipe à fase oitavas de final da Copa do Brasil.
Cuca não resistiu às pressões de parte da torcida contrária a sua presença no clube, devido ao fato do técnico ser condenado por estupro de vulnerável, em episódio ocorrido em Berna, na Suíça, em 1987.
Vale destacar que de lá para cá, Cuca construiu uma carreira como atleta e, depois, como técnico, ambas bem sucedidas, e o fato, apesar de ser de conhecimento público, nunca atingiu a dimensão de importância como agora.
Em sua despedida do Corinthians, durante a entrevista coletiva, após o jogo contra o Remo-PA, Cuca disse em breve pronunciamento: “Eu saio neste momento, não é pelo o que eu queria. Se espera uma vida inteira para estar aqui. É um pedido da minha família. “Pai, vem, estamos precisando”. Amanhã estou em casa, vou cuidar de vocês”.
O técnico disse ainda que contratou uma equipe de advogados para defende-lo das acusações. Ele nega que tenha cometido o estupro de vulnerável pelo qual foi condenado.
Na partida contra o Palmeiras no próximo sábado (29), pela 3ª. rodada do Campeonato Brasileiro, Fernando Lázaro deve voltar a comandar o Timão, que já está à procura de um novo técnico, segundo o presidente Duílio Monteiro Alves.
Por Geraldo Costa Jr. / Foto: Rede Social
