Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as mulheres acima de 50 anos representam uma fatia significativa do empreendedorismo no país. O estudo “Empreendedorismo Feminino no Brasil”, divulgado em 2023, apontou que 34% das mulheres empreendedoras no Brasil têm mais de 45 anos. Além disso, um levantamento do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) indicou que o número de mulheres que iniciam negócios após os 50 anos cresceu 40% na última década.
Os motivos para esse crescimento são diversos: a busca por independência financeira, a necessidade de se reinventar profissionalmente após a aposentadoria ou demissões, e o desejo de realizar um sonho que, por anos, ficou em segundo plano devido a outras responsabilidades, como a criação dos filhos.
Nesse cenário, Angela Amaral, diretora-executiva da A21 Comunicação, se destaca como uma referência para aquelas que desejam empreender mais tarde na vida. Angela iniciou sua carreira na comunicação somente aos 40 anos, e foi apenas depois dos 50 anos que decidiu abrir sua própria agência.
“Empreender nessa idade é um desafio, porque o mercado muitas vezes impõe barreiras invisíveis, mas a experiência e a maturidade fazem toda a diferença na tomada de decisões”, afirma.
A A21 Comunicação, fundada por ela, tornou-se um case de sucesso, atendendo grandes marcas e se consolidando como uma agência inovadora no interior paulista. Para Angela, a idade não é um impeditivo, mas sim um diferencial. “Eu trago comigo anos de aprendizado, de relacionamentos construídos e de visão estratégica, algo que só o tempo proporciona”, destaca.
Mesmo com a experiência adquirida ao longo da vida, mulheres que decidem empreender depois dos 50 anos enfrentam desafios. Dentre eles, a adaptação ao mundo digital e a convivência com a Geração Z. Com a revolução tecnológica, muitas mulheres precisam se atualizar constantemente para gerenciar suas empresas em um ambiente altamente digitalizado, além de lidar com uma geração com valores e habilidades diferentes.
“Eu tive que me reinventar, aprender sobre marketing digital, redes sociais e novas estratégias de negócios, além de aprender a gerir pessoas das mais diversas idades. É desafiador, mas completamente possível”, relata Angela.
Para Angela Amaral, o principal conselho para mulheres que querem começar um negócio após os 50 anos é confiar na própria trajetória. “A experiência é o nosso diferencial. O mercado precisa das nossas ideias, da nossa visão e do nosso talento. Empreender depois dos 50 não é um obstáculo, mas uma oportunidade de fazer diferente e melhor”, conclui.
Com cada vez mais mulheres apostando no próprio potencial e desafiando estereótipos, o empreendedorismo feminino sênior segue em ascensão, provando que nunca é tarde para recomeçar e alcançar o sucesso.
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