O município de Rio Claro bateu recorde de casos em 24 horas, com mais 48 casos confirmados. Os números da pandemia continuam crescendo de forma rápida, conforme boletim divulgado nessa quarta-feira (17), pelo setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo os dados, Rio Claro registrou o 21º óbito por Covid-19 e 48 novos casos da doença, novo recorde em 24 horas. O município totaliza 462 casos positivos. O óbito é de um idoso que estava hospitalizado. Morreram em Rio Claro por coronavírus onze homens e dez mulheres.
De acordo com o boletim, o número de pacientes internados chegou a 70, sendo 14 em UTI. O município também tem dois óbitos em investigação. Ao Diário do Rio Claro, o prefeito Juninho da Padaria disse que desses 70 pacientes internados, 25 estão na rede pública e 45 na rede privada. Nos internados em UTI, seis na rede pública e oito na privada.
Segundo o prefeito, a partir desta semana os boletins emitidos pela Prefeitura deverão informar se os pacientes são atendidos pela rede pública ou particular. “A rede particular é obrigada a informar ao município o número de casos, seja positivados ou internados”, informou. De acordo com o prefeito, atualmente, está sendo ocupado cerca de 30% dos leitos da rede municipal, entretanto, na semana retrasada a taxa de ocupação chegou a 100%.
“Por isso peço para que as pessoas tenham consciência da seriedade dessa doença. É preciso ressaltar que dos 462 casos positivos na cidade, 84 são de pessoas acima de 60 anos, mas os demais – 378 – são de pacientes com menos de 60 anos. E são esses mais jovens, assintomáticos, que podem estar levando a doença para seus pais, avós e pessoas mais velhas. E vemos que a letalidade da doença é maior entre os mais velhos”, ressaltou.
Médica explica sobre procedimentos para velório e sepultamento na Pandemia
A infectologista e diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde Rio Claro, Suzy Berbert, explicou em um vídeo sobre os procedimentos de velórios e sepultamentos durante a pandemia da Covid-19. “Nós seguimos as regras da Anvisa e essas regras servem para proteger as pessoas da contaminação por esse vírus”, salientou.
A médica esclareceu que quando tem uma pessoa que tem Covid confirmada, o sepultamento tem que ser de forma bastante rápida, o caixão tem que ser lacrado e não pode haver velório. Quando é suspeita de Covid, mesmo diante do primeiro exame estar negativo, mas tendo em vista que, às vezes, o quadro clínico tenha outros sinais, de que talvez possa ser Covid e os exames são sujeitos a erros também seguem as mesmas regras. “Eu sei que é uma situação triste e desagradável, a gente querer chorar a morte dos entes queridos, querer fazer o velório. Eu mesma no começo da pandemia perdi o meu pai, não foi de Covid, mas nós tivemos que fazer um velório muito íntimo, muito rápido e eu me solidarizo com as pessoas, mas essa regra serve para termos uma proteção e que essa doença não faça mais vítimas ainda”, disse.
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