Prefeitura desativa ala de hospital de campanha do Anhembi em SP
A prefeitura de São Paulo desativou na sexta-feira (31) uma ala do hospital de campanha do Anhembi, localizado na zona norte da capital. O hospital foi criado em abril, de forma temporária, para atender os casos de baixa e média complexidade no tratamento da covid-19 [doença provocada pelo novo coronavírus]. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou, no dia 16 de julho, de que iria fechar uma parte desse hospital de campanha devido à queda na demanda por leitos.
De acordo com a administração municipal, foi fechada a ala do Pavilhão. A ala era gerenciada pela organização social da saúde Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) e salvou a vida, segundo o órgão, de 2.718 pessoas. Nesse local foram registradas a morte de 14 pessoas. Até junho, essa ala tinha 561 leitos e, em julho, administrava 200 leitos devido à queda na demanda.
Os materiais e equipamentos que eram utilizados nessa ala, tais como respiradores, serão destinados para o Hospital Municipal da Brasilândia. A outra ala, que foi instalada no Palácio das Convenções, continuará ativa, com 310 leitos. Essa ala é gerenciada pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (APDM).
Plataforma gera estatísticas da covid-19 em 91 municípios paulistas

Um projeto de pesquisadores das universidades Estadual Paulista (Unesp) e de São Paulo (USP) reúne diariamente os dados relacionados à pandemia do novo coronavírus (covid-19) em 91 cidades do estado. A partir dos dados disponibilizados pelas prefeituras, a plataforma gera informações que permitem o acompanhamento da evolução da doença em cada município e comparações entre eles.
A iniciativa foi desenvolvida dentro do Centro de Ciências Matemáticas aplicadas à Indústria com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. São compiladas informações como número de casos confirmados, destacados e mortes causadas pela doença desde o final de março. A partir dessas informações, a plataforma calcula informações como o crescimento do número de casos, o percentual de casos descartados e a quantidade de mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.
Fiocruz vai produzir 100 milhões de doses de vacina contra covid-19
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde, e a farmacêutica britânica AstraZeneca assinaram na sexta-feira (31) um termo que dará base para o acordo de transferência de tecnologia entre os laboratórios e a produção de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19, caso seja comprovada a sua eficácia e segurança.
O medicamento está sendo desenvolvido pela empresa do Reino Unidos em conjunto com a Universidade de Oxford e já está em fase de testes clínicos no Brasil e em outros países. O acordo entre Fiocruz e AstraZeneca é resultado da cooperação entre os governos brasileiro e britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde.
A assinatura do acordo de encomenda tecnológica está prevista para a segunda semana de agosto e deve garantir o acesso a 30 milhões de doses da vacina entre dezembro e janeiro de 2021 e 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres do próximo ano.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que prevê um repasse de R$ 522,1 milhões na estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos, para ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas. Outros R$ 1,3 bilhão são despesas referentes a pagamentos previstos no contrato de encomenda tecnológica. Os valores contemplam a finalização da vacina.
Pesquisa quer voluntários para saber relação entre genética e covid-19
Pesquisadores de um projeto envolvendo diversas universidades do Brasil e de outros países abriram um chamado para a participação de voluntários em um estudo que visa entender o impacto da condição genética dos indivíduos sobre a evolução da infecção pelo novo coronavírus.
A iniciativa, denominada “Determinantes Genéticos e Biomarcadores Genômicos de Riscos em Pacientes com Infecções por Coronavírus”, abrange a Universidade de Brasília (Unb), as universidades federais do Pará e do Rio Grande do Norte, além de instituições na Espanha, em Portugal e em outros países da América Latina. O intuito é analisar até 2 mil amostras nos próximos meses.
Os pesquisadores querem saber o porquê a covid-19 se manifesta de forma diferente nos pacientes. Há tanto pessoas assintomáticas quanto com sintomas. Mesmo os sintomas são distintos de um paciente para outro, há exemplos de febre e tosse a falta de paladar ou olfato. Além disso, a evolução do quadro é também diferenciada a depender dos casos.
Os acadêmicos visam testar a hipótese se há alguma relação dessas variadas manifestações com as condições genéticas dos pacientes. Eles querem entender se os genes ou grupos de genes poderiam influir tanto na evolução rápida do quadro quanto da resiliência dos pacientes diante da infecção.
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