Unesp desenvolve espaço virtual para consulta de estudos sobre COVID-19
A Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) criou um espaço virtual para dar maior transparência às pesquisas relacionadas à COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus) em desenvolvimento na instituição de ensino. Denominado “Portal Pesquisa COVID-19”, o espaço reúne 21 áreas em que existem grupos de cientistas em atuação.
Ao todo, são cerca de 80 estudos em todas as áreas do conhecimento, sendo que a metade já fez solicitação de recursos a agências de fomento, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). As pesquisas presentes no portal estão divididas em áreas como “Desenvolvimento de Novas Tecnologias”, “Desenvolvimento de Novos Tratamentos”, “Diagnóstico”, “Estudos Epidemiológicos”, “Estudos Moleculares”, “Estudos Farmacológicos”, “Pesquisas Clínicas” e “Interação Hospedeiro-Patógeno”, entre outras.
O Comitê Científico Unesp COVID-19 foi constituído em 27 de março de 2020 e agrupa os trabalhos de professores e pesquisadores que passaram a estudar a doença em meio à pandemia. Os conteúdos disponibilizados no portal obedecem a preceitos estabelecidos pela ética em pesquisa e estão protegidos por direitos autorais. O número de pesquisas e o status em que se encontram serão atualizados de forma periódica.
Projeto Despertai entrega cestas básicas e litros de leite
Nessa segunda-feira (2), o Projeto Despertai realizou a entrega de 56 cestas básicas a famílias atendidas pelo projeto. Ao todo, o projeto já distribuiu mais de 200 cestas básicas e 3 mil litros de leite. Entretanto, seguem precisando de mais doações para que as famílias continuem sendo assistidas. Para doar, entre em contato pelo telefone (19) 99676-1500, que a equipe vai até sua casa para retirar as doações.
Coronavírus chegou ao Brasil pela Europa, América do Norte e Oceania
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que trabalham no sequenciamento do genoma do novo coronavírus (covid-19) descobriram que as cepas que circulam no Brasil se assemelham às encontradas na Europa, na América do Norte e na Oceania. A descoberta indica que o patógeno que causa a covid-19 entrou no país por diversos pontos.
A identificação foi durante o desenvolvimento de um novo protocolo para o sequenciamento do novo coronavírus, uma parceria do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) com a University College London, no Reino Unido.
Foram decodificados 18 genomas completos em amostras de pacientes de cinco estados – Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina – e do Distrito Federal. Os dados foram inseridos na plataforma Gisaid, que compartilha informações de genomas dos vírus Influenza, Sincicial Respiratório e Sars-CoV-2 e já tem 35 mil sequências genômicas do novo coronavírus.
A chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, Marilda Siqueira, explicou que acompanhar a evolução viral ao longo do tempo é importante para monitorar as variações que levam a casos mais graves da doença.
“Além de traçar as rotas de dispersão no mundo e no interior do país, a vigilância genômica integrada à vigilância epidemiológica é necessária para monitorar a ocorrência de variações genéticas que podem estar associadas à gravidade da doença ou à resistência a medicamentos”.
A plataforma de dados públicos Gisaid, criada em 2008 após a pandemia de gripe H5N1, chamada inicialmente de gripe aviária, destaca que o sequenciamento possibilita o acompanhamento em tempo real do progresso e entendimento da nova doença, contribuindo para a pesquisa e desenvolvimento de tratamentos médicos.
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