Governo de SP amplia testagem da vacina Coronavac para mais quatro centros de pesquisa
O Governador João Doria anunciou nesta sexta-feira (25) a ampliação da testagem da vacina Coronavac para mais quatro centros de pesquisa em Barretos (SP), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Pelotas (RS). Com isso, a quantidade de voluntários do estudo coordenado pelo Instituto Butantan será ampliada de 9 para 13 mil voluntários.
“A Coronavac já vem sendo testada em 12 centros de excelência. Com o apoio da Anvisa, o Instituto Butantan amplia agora a testagem da terceira fase da Coronavac para mais quatro centros de pesquisa”, afirmou Doria.
O Instituto Butantan recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a inclusão de mais voluntários na terceira e última fase de estudos clínicos que estão testando a Coronavac no Brasil. A ampliação também foi aprovada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Desta forma, os ensaios clínicos passam a acontecer em 16 centros espalhados em 7 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Hospital de Campanha do Ibirapuera encerra atividades com 99% de aprovação dos usuários
O Governador João Doria anunciou nessa sexta-feira (25) o encerramento das atividades do Hospital de Campanha do Ibirapuera, com agradecimento a todos os profissionais de saúde que trabalharam na “linha de frente” do combate ao novo coronavírus. O serviço será encerrado no dia 30 de setembro, após 5 meses de funcionamento. Ao longo do período, o hospital atendeu 3.189 pacientes e obteve uma aprovação de 99% dos usuários.
“O declínio da pandemia em todo estado de São Paulo, mais acentuadamente na capital, permite que, neste momento, o Governo do Estado possa determinar o fechamento do Hospital de Campanha do Ibirapuera, após cinco meses de atividades contínuas. O Hospital de Campanha do Ibirapuera atendeu quase 3,2 mil pacientes e foi fundamental no enfrentamento da COVID-19”, afirmou Doria.
O último paciente do Hospital de Campanha do Ibirapuera terá alta neste sábado (26) e as equipes de saúde seguirão trabalhando na primeira etapa da desmobilização – o recolhimento dos materiais e insumos hospitalares que requerem manejo dos profissionais especializados. A partir do dia 30, a infraestrutura começa a ser retirada, com conclusão prevista para a primeira quinzena de outubro.
O encerramento das atividades está atrelado à redução nos índices da pandemia em todo Estado. As estatísticas de novas internações registram queda há nove semanas consecutivas. Além disso, na Grande São Paulo, as taxas de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria estão entre as menores do Plano São Paulo, sendo 45,3% e 39,3%, respectivamente.
O Hospital de Campanha do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães foi o primeiro implantado pelo Governo do Estado para cuidar exclusivamente de casos confirmados e suspeitos do novo coronavírus. Começou a funcionar no dia 1º de maio e, desde então, salvou 2.431 vidas após atendimento e alta hospitalar. Foram realizadas 725 transferências para outras unidades e 24 pessoas faleceram.
Pacientes de 106 cidades foram recebidos pelo serviço, especialmente das regiões da Grande São Paulo, Campinas e Piracicaba, para as quais o hospital de campanha foi estabelecido como referência com a finalidade de dar suporte à demanda local.
Os equipamentos instalados na unidade serão doados pelas empresas MChacon e Deca, parceiros do hospital, para entidades assistenciais e outras unidades de saúde, totalizando 268 colchões, 100 camas, 12 televisões, 74 vasos sanitários, 118 torneiras, 14 chuveiros, 62 cubas de porcelana, 53 pias e quatro tanques de aço inox.
Ações especiais para celebrar o trabalho desenvolvido na unidade serão realizadas neste sábado (26), com homenagem às equipes e aos pacientes.
Pesquisas investigam anti-inflamatórios capazes de acelerar recuperação da COVID-19
Dois estudos clínicos independentes – um conduzido por pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC), em Ribeirão Preto, com o anticorpo monoclonal eculizumabe, e outro por cientistas da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos) com uma droga experimental chamada AMY-101 – observaram um efeito anti-inflamatório importante, capaz de acelerar a recuperação de pacientes com COVID-19 em estado grave.
Os resultados das duas pesquisas – que tinham como objetivo comparar o potencial terapêutico dos compostos – foram divulgados em artigo publicado na revista Clinical Immunology.
Os dois medicamentos foram administrados separadamente. O anticorpo monoclonal, que já é usado no tratamento de doenças hematológicas, foi testado em pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Já o candidato a fármaco desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Amynda foi administrado a pacientes de um hospital em Milão, na Itália.
Ambos apresentaram resultados promissores, mas como a molécula AMY-101 é mais barata e teve um desempenho ainda melhor no teste clínico, os dois grupos de pesquisa consideram testá-la em um grupo maior de pacientes no Brasil.
“Os dois compostos causaram uma resposta anti-inflamatória robusta que culminou em uma recuperação bastante rápida da função respiratória dos pacientes”, salienta à Agência Fapesp Rodrigo Calado, coordenador do estudo no Hospital das Clínicas da FMRP-USP e integrante do CTC – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
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