SP registra queda em internações por covid-19 há oito semanas
Pela oitava semana consecutiva, o estado de São Paulo vem registrando queda no número de novas internações por covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Ou seja, caiu o número de pessoas que chegam a cada dia para se internar por complicações causadas pelo novo coronavírus.
Na 37ª Semana Epidemiológica, que corresponde ao período entre 6 e 12 de setembro (sábado), o estado contabilizou a média móvel de 1.303 novas internações a cada dia, queda de 8% em relação à semana anterior, quando foram contabilizadas 1.418 novas internações por dia.
Com isso, o estado volta a se aproximar do que estava ocorrendo em maio, na 19ª Semana Epidemiológica (entre os dias 3 e 9 de maio), quando foi contabilizada a média de 1.311 internações por dia.
Para produzir vacina contra covid-19, Butantan vai ampliar fábrica
O Instituto Butantan vai iniciar, em novembro deste ano, obras em sua fábrica para ampliação da capacidade de produção de vacinas. A expectativa do governo paulista é que as obras estejam prontas a partir de setembro do ano que vem.
O local ficará inicialmente voltado para a produção da vacina contra o novo coronavírus, fruto de uma parceria entre o Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, mas futuramente poderá fabricar outros tipos de imunizantes. Com a ampliação, o Butantan poderá produzir mais de 100 milhões de doses da CoronaVac por ano, a partir de 2022.
O investimento necessário para a construção, ampliação e modernização da nova fábrica do Butantan é de cerca de R$ 160 milhões, mas o governo paulista diz já ter arrecadado R$ 97 milhões em doações de empresas privadas [sem contrapartida] o que, segundo o governador de São Paulo, João Doria, já permite a contratação do projeto executivo e início da obra.
“Fisicamente, a fábrica já existe, ela será adaptada, ampliada, modernizada e equipada”, disse Doria.
Testes com vacina de Oxford recomeçam no Brasil
A farmacêutica AstraZeneca retomou os testes da vacina contra a covid-19, conhecida como vacina de Oxford, no Brasil. O sinal verde foi dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em testes também em outros países, as vacinações na fase 3 do estudo foram suspensas na terça-feira (8) devido a uma reação relatada por uma voluntária no Reino Unido.
No último sábado (12) especialistas da Anvisa se reuniram para avaliar as informações recebidas da agência reguladora britânica (Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency – MHRA), do Comitê Independente de Segurança do estudo clínico e da empresa patrocinadora do estudo, a AstraZeneca. “Após avaliar os dados do evento adverso, sua causalidade e o conjunto de dados de segurança gerados no estudo, a agência concluiu que a relação benefício/risco se mantém favorável e, por isso, o estudo poderá ser retomado”, disse a agência em comunicado.
Na nota a Anvisa acrescenta que continuará acompanhando todos os eventos adversos observados durante o estudo e, caso seja identificada qualquer situação grave com voluntários brasileiros, irá tomar as medidas cabíveis para garantir a segurança dos participantes.
Antes da suspensão dos testes, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse em várias oportunidades que as primeiras doses devem chegar em janeiro de 2021. A estimativa é de que a segunda dose seja disponibilizada no segundo semestre do próximo ano.
Outras vacinas
Além da vacina de Oxford, estão sendo feitos ensaios clínicos no Brasil da CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biontech, e de uma imunização desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech.