Bolsonaro sanciona lei que cria linha de crédito para autônomos
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que cria uma linha de crédito especial destinada aos profissionais liberais que atuem como pessoa física, como advogados, corretores e arquitetos. A medida (Lei nº 14.045/2020) foi publicada hoje (21) no Diário Oficial da União e tem o objetivo de reduzir os impactos financeiros do setor durante a pandemia do novo coronavírus.
De acordo com o texto, a linha de crédito, criada no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), terá taxa de juros de 5% ao ano mais a taxa Selic e prazo de 36 meses para pagar, dentro dos quais até oito meses poderão ser de carência com juros capitalizados. O valor da operação é limitado a 50% do rendimento anual informado na Declaração de Ajuste Anual de 2019 do trabalhador, no limite máximo de R$ 100 mil.
A linha de crédito é destinada a profissionais liberais com nível técnico ou superior, exceto aqueles que tenham participação societária em pessoa jurídica ou que possuam vínculo empregatício de qualquer natureza.
Pesquisadores desenvolvem aparelho que detecta amostras de coronavírus
Pesquisadores do Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), e da startup Omni-electronica desenvolveram uma tecnologia que permite capturar amostras do novo coronavírus no ar para monitorar a segurança de ambientes com grande concentração de pessoas.
Chamado de Spiri, o sistema já existia e foi criado por ex-alunos da Escola Politécnica da USP, que fundaram a startup. Em princípio, a função era monitorar a qualidade do ar nos locais fechados. Os pesquisadores fizeram testes, durante dois meses, com amostras do ar no Hospital das Clínicas, com duas, seis e oito horas.
“Temos uma base de dados bastante robusta sobre a qualidade do ar em ambientes internos, sabemos como são transmitidos os vírus respiratórios e como as infecções se intensificam nos meses de inverno. Quando começou a pandemia do novo coronavírus, ficou bem claro para nós que a disseminação em ambientes internos era o cenário mais provável, embora isso ainda não fosse muito falado, nem mesmo pela Organização Mundial da Saúde [OMS]”, disse o responsável pela Omni-electronica e coordenador do estudo, Arthur Aikawa.
Segundo as informações, o Spiri tem sensores integrados que captam o ar e enviam os dados para uma central que gera laudos online em tempo real e, assim, os técnicos instruem o cliente sobre como melhorar a circulação do ar. Para isso é preciso fazer uma assinatura do aparelho instalado. Os resultados do estudo estão sendo preparados para publicação em periódico científico.
De acordo com Aikawa, o protocolo empregado no Spiri é capaz de garantir a circulação adequada do ar, evitar a concentração de vírus respiratórios no ambiente e fazer os testes regulares para verificar se houve circulação do vírus no local. Segundo o pesquisador, com a instalação do aparelho em locais estratégicos, como estações de trem e metrô, é possível planejar um retorno mais seguro às atividades econômicas.
Johnson & Johnson testará vacina em 60 mil voluntários
O teste será conduzido em cerca de 180 locais nos EUA e em outros países, incluindo o Brasil e o México, de acordo com a informação publicada no clinictrials.gov.
“Podemos confirmar que o planejamento e o recrutamento estão em andamento para nosso programa de Fase 3, que está sujeito aos dados provisórios dos testes das fases 1 e 2 e à aprovação dos reguladores”, disse um porta-voz da Johnson & Johnson. “Nosso programa de Fase 3 pretende ser o mais robusto possível, pode incluir até 60 mil participantes e será conduzido em locais com altas taxas de incidência”, acrescentou.
No caso do Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou a realização de testes clínicos em estágio avançado com a potencial vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Janssen, a unidade farmacêutica da Johnson & Johnson.
De acordo com a Anvisa, os testes no Brasil serão feitos com 7 mil voluntários distribuídos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.
O porta-voz da J&J disse que a empresa está usando dados epidemiológicos para decidir onde os estudos devem ser realizados, e tomará uma decisão em breve. O ensaio de Fase 3 provavelmente será encerrado no fim de setembro, com as primeiras vacinas disponíveis para uso no início de 2021, afirmou.
Fabricantes de outras vacinas contra o novo coronavírus, como Moderna e Pfizer e Pfizer, estão considerando o recrutamento de até 30 mil voluntários para seus estudos de estágio final.