Um encontro para aprimoramento das leis que envolvem a categoria de corretores de imóveis foi realizado em Rio Claro e reuniu profissionais da cidade e região na manhã de sexta-feira (22).
Quem esteve presente para o diálogo foi o Presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis – Creci-SP, José Augusto Viana Neto, que destacou ao Diário do Rio Claro os temas debatidos nos trabalhos com os corretores e que fazem parte da legislação.
Entre eles, lavagem de dinheiro. “O objetivo é discutir com os corretores de imóveis que trabalham na administração direta com o Creci. A categoria tem uma responsabilidade muito grande e trago informações para a melhor conscientização do profissional”, destacou Viana.
O Presidente do Creci-SP elencou ainda alguns tópicos que podem ser considerados como operações suspeitas durante transações dos clientes e que precisam ser comunicadas. Estão na Lei 9.613, que visa o combate da lavagem de dinheiro, o documento, segundo Viana, traz obrigações objetivas ao mercado imobiliário.
Depois com a evolução, houve alterações e não só as empresas têm a obrigação de comunicar operações suspeitas. Todo profissional, independente de pessoa física, é obrigado a cumprir determinados critérios da lei todas as vezes que ele estiver envolvido em uma transação que poderá ser considerada suspeita.
“Por exemplo, se alguém paga um imóvel em dinheiro, moeda estrangeira ou inúmeros cheques de emissões diferentes, joias, obras de arte como forma de pagamento ou pede, então, para lavrar escritura com valor superior ou inferior ao negócio que foi fidelizado, são situações suspeitas.
Neste caso, o profissional na demanda do negócio tem a obrigação de comunicar que participou de uma transição financeira que se caracteriza como suspeita. Não tem nada de errado em fazer o pagamento destas formas, são apenas operações que precisam ser comunicadas e averiguadas e apontam se existem ou não irregularidades”, esclareceu.
Uma outra preocupação do setor também foi discutida. O assunto, que não tem nada a ver com mercado imobiliário, mas com saúde pública, é o problema com a dengue. “Nós temos as chaves de muitos imóveis que estão fechados e que precisam ser vistoriados, então, temos uma campanha interna para que o corretor faça essa vistoria para eliminar os criadouros de dengue e a proliferação da doença”, afirmou Viana.