O afogamento de Adriano Lemos Gomes, de 20 anos, morador de São Carlos, foi registrado no último domingo (29), quando o rapaz brincava na água com amigos, na represa do Broa em Itirapina. Desde então equipes do Corpo de Bombeiros trabalhavam no local para localizá-lo. O trabalho durou praticamente dois dias. Na tarde dessa terça-feira (31) o corpo do jovem foi encontrado. A comoção de amigos e familiares tomou conta das redes sociais.
AFOGAMENTOS
Os últimos dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo são de 2015 apontam que a cada dia duas pessoas morrem vítimas de afogamentos. 50,2% dos óbitos são de adultos entre 20 e 49 anos. Em 2015, 752 pessoas morreram por afogamento no estado de São Paulo, enquanto apenas 73 foram internadas. Dados como estes, mostram que há um alto índice de vítimas fatais nesse tipo de acidente.
Entre 1996 e 2015, segundo o DataSus 119.485 mortes por afogamentos acidentais foram registradas no Brasil.
Outro dado é da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) que aponta que 17 pessoas por dia morrem afogadas no Brasil em rios, represas e lagos. No mundo todo cerca de 500 mil pessoas perdem a vida em afogamentos, que é considerada a segunda causa de morte entre a faixa de 1 a 9 anos e a quarta entre pessoas de 20 a 25 anos.
SOCORRO
A Secretaria de Saúde do Estado orienta sobre os perigos e ressalta que tão importante quanto saber evitar o afogamento, é saber como prestar socorro. O ideal é que pessoas sem treinamento apropriado não tentem fazer salvamentos sozinhas com o próprio corpo, colocando a própria vida em risco. O mais adequado é fornecer para a vítima objetos que flutuem ou que sirvam como uma corda. Até mesmo uma garrafa pet pode ajudar a evitar um afogamento. É fundamental buscar socorro de salva-vidas ou bombeiros. e ser aquecida até que haja atendimento profissional.
PREVENÇÃO
- Designe uma pessoa específica para tomar conta de crianças. Essa pessoa deve, por exemplo, reduzir o consumo bebida alcoólica e se concentrar exclusivamente nas crianças;
- Não confie na falsa impressão de segurança que comumente os pais têm com o uso de boias e com a presença de outros banhistas conhecidos em torno da piscina;
- No clube, lembre-se de que o salva-vidas tem um grande universo de pessoas para observar e de que a visão dele pode ser prejudicada pelo ângulo ou pela movimentação das pessoas;
- Em locais de correnteza, jamais desobedeça a sinalização do Corpo de Bombeiros;
- No mar, em rios e outros locais com correnteza, o ideal é que o nível da água não ultrapasse a cintura do banhista para que ele não seja surpreendido por depressões no solo ou ondas e correntes inesperadas; Se for para o fundo usando uma boia, jamais a abandone, mesmo que perca o controle da situação;
- Caso se sinta em perigo, evite gritar e não nade contra a correnteza para poupar o fôlego e evitar a fadiga. Sinalize pedido de ajuda com os braços e procure boiar.
- No caso de perder o controle do corpo em rio, nade no mesmo sentido da correnteza e procure avançar lentamente pelas laterais até alcançar as margens.
- Não mergulhe de cabeça em depósitos naturais de água, pois o fundo está em constantes transformações. O choque com o fundo pode causar de desmaios a sérios danos à coluna vertebral, expondo à vítima ao agravante de afogamentos.
- Não entre na água caso esteja alcoolizado. A bebida alcoólica faz com que o banhista perca seu senso crítico relação ao mergulho.
- Procure evitar mergulhos solitários. Sempre tenha uma companhia, que possa ajudá-lo no caso de imprevistos.
- Evite ou redobre a atenção com mergulhos noturnos, há risco de acidentes com redes de pescadores (no caso de mares e rios) e a visibilidade do ambiente fica ruim.