O corpo do pedreiro Bruno Vilha, de 32 anos, foi localizado na manhã dessa quarta-feira (10) em área da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, região do bairro São Miguel, altura da Avenida 74.
Policias militares foram até o endereço indicado após receberem denúncias anônimas de que um corpo estaria enterrado no local. A ocorrência foi confirmada e contou com trabalho de diversos profissionais da Polícia Militar, Civil, Guarda Civil e Corpo de Bombeiros para a retirada do corpo que foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde foi reconhecido pela família. A suspeita é de que a vítima teria sido enterrada há dois dias. Bruno estava desaparecido e familiares já tinham registrado boletim de ocorrência do desaparecimento.
O homicídio foi confirmado apenas 13 horas após um outro assassinato registrado em Rio Claro na noite de terça-feira (9), no bairro Bela Vista. A vítima, André Francisco Breda, de 39 anos, foi morto a tiro em frente à sua casa na Avenida 22-A. Os trabalhos iniciais apontam que a vítima tenha sido atingida de perto e com apenas um tiro e que tenha tentado correr. Ao lado do corpo, foi encontrado um tênis apontado como produto de furto praticado por André. Um parente da vítima informou que ela praticava furtos pela região e era usuária de crack. Moradores da região disseram ter ouvido três disparos e barulho de uma moto, porém, ninguém presenciou os fatos.
Momentos antes do crime, André havia sido preso por policiais militares acusado de furto em um estabelecimento comercial. Foi ouvido, negou a acusação, porém, disse que havia subtraído alguns produtos do local como forma de pagamento de serviços prestados ao proprietário. Os fatos seriam apurados em inquérito policial e ele foi liberado. Meia hora depois, assassinado.
HOMICÍDIO CERVEZÃO
Em menos de uma semana, três homicídios foram registrados. Na sexta-feira (5), por volta das 15 horas, Alex Lautenschleger Santana, de 37 anos, foi morto a tiros no quintal da casa de um amigo na Rua M-9, no Cervezão. “Tem um carro me perseguindo”. Esta, foi uma das últimas frases da vítima que foi surpreendida pelos assassinos e atingida por diversos tiros. O corpo ficou caído de bruços no quintal da casa logo na entrada.
O dono da casa estava com a filha de dois anos no colo e só deu tempo de abraçá-la e tentar se defender. Pessoas que estavam próximas ao local disseram que dois indivíduos chegaram em um veículo Fiesta preto, desceram do carro e os dois, armados, atiraram.
Pessoas próximas a Alex relataram ao Diário do Rio Claro que ele sempre era ameaçado e tinha vários episódios de envolvimento com polêmicas e discussões. “Várias vezes, ele foi espancado e aparecia todo machucado”, conta um dos colegas.
Alex morava sozinho em uma casa na Avenida Saibreiro, era funcionário público e exercia a função no Nam, mas não estava em dia de trabalho. Ele tinha vários boletins de ocorrência registrados contra sua pessoa por acusações de assédio e agressão.
SUSPEITO
O veículo utilizado pelos indivíduos não teve adulteração de emplacamento, o que teria facilitado o trabalho de investigação para, com isso, chegar até um dos envolvidos. Um dos suspeitos foi identificado e acabou confessando que teria servido de motorista para os autores do crime. A polícia segue com as investigações do caso que, segundo a Delegacia Seccional, ainda não foram concluídas.