As agências bancárias do Brasil terão o horário de expediente alterado em função dos jogos da seleção brasileira feminina na Copa do Mundo de Futebol realizada por Austrália e Nova Zelândia. De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), “os bancos terão horário especial de atendimento presencial ao público nas agências, abrindo uma hora mais tarde nos dias de jogos da seleção brasileira que se iniciarem as 8 horas”.
É o caso da partida de estreia da seleção nesta segunda-feira (24) contra o Panamá, cujo confronto está marcado para as 8 horas. Com isso, as agências de Rio Claro vão funcionar das 11 às 15 horas. Por outro lado, quando os jogos forem realizados mais cedo, não haverá alteração do expediente bancário que manterá o horário normal, das 10 às 15 horas.
Segundo a Febraban, “a flexibilização segue política já adotada durante jogos da Copa do Mundo masculina”. No entanto, a medida foi tomada somente após pressão da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) que cobrou postura igual à adotada na competição masculina realizada em 2022 no Catar.
Tradicionalmente, o ponto facultativo é adotado apenas para Copa do Mundo de equipes masculinas. Apesar das especulações e discussões em torno da igualdade, isso vem ocorrendo de forma lenta e esporádica. O governo federal, por exemplo, concedeu ponto facultativo aos servidores federais para os dias de jogos da seleção brasileira feminina na Copa do Mundo. É a primeira vez que a medida será implementada durante o campeonato feminino.
A norma permite que os funcionários se ausentem e cheguem ao trabalho em até duas horas depois do fim dos jogos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acatou pedido feito pela ministra do Esporte, Ana Moser. “Estamos focados em dar visibilidade ao futebol feminino. O ponto facultativo é sobre dar a mesma importância para a seleção feminina que tem a seleção masculina. É um novo tempo que o governo do presidente Lula traz, em um momento que o Brasil precisava”, declarou a ministra.
Mas o benefício vale apenas para a esfera federal, portanto estados e municípios, bem como a iniciativa privada, devem decidir se vão ou não flexibilizar o expediente de trabalho em dias de jogos da seleção feminina.
Por Redação DRC / Foto: José Cruz/Agência Brasil