Pois é, o PT tentou, mais uma vez, provar que ainda manda prender e manda soltar no país! Parece que não desistem nunca! Parece que são brasileiros! E conseguiram arrumar a maior bandalheira no judiciário nacional, que já estava desacreditado e que agora parece que assinou atestado. Graças, que ainda existem pessoas coerentes dentro do mesmo e conseguiram consertar a lambança que ia fazendo um desembargador, cujo histórico mostra inúmeras vezes em que participou do governo petista. E “COINCIDENTEMENTE” o pedido de habeas corpus foi cair logo em seu primeiro plantão do ano. Pois é! Como dizia um velho amigo: “Deus nos livre das coincidências”…
Será?!…
Vi uma pergunta colocada em um texto no site “O antagonista”, que me chamou a atenção: Será que realmente acreditaram que poderiam solta-lo? Ter sucesso? Eu não acredito. “Burros” é que nunca foram, pelo menos a cúpula. Muito pelo contrário são bastante inteligentes. Alguma coisa está por trás dessa desastrada tentativa de tirar o “chefe” da cadeia. Voltar à mídia, nem que fosse por um dia? Rachar o judiciário? Colocar dúvida no eleitor? Como diz ainda “O antagonista”: “o maior concorrente de Lula nessas eleições é o atestado de réu por corrupção passado pelo Poder Judiciário”. Portanto, a estratégia primeira, pode ser a de desacreditar (mais ainda) o judiciário. Parece que obtiveram sucesso…
Mais Coincidências…
Às 19h da última sexta-feira (6), entrava de plantão no TRF-4 de Porto Alegre, o desembargador Rogério Favreto, um ex-filiado do PT por 20 anos. Por uma dessas “incríveis coincidências”, dois parlamentares petistas davam entrada a um pedido de habeas corpus no TRF-4 em Porto Alegre, em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É bom lembrar aqui que esse desembargador foi indicado por Dilma Roussef em 2011, sem nunca ter sido um juiz. E que também foi o único dos 14 juízes da corte a votar por abrir processo disciplinar contra Sérgio Moro em 2016, em virtude da divulgação de conversas entre Lula e Dilma. Como, era de se esperar, o parecer do desembargador foi favorável à que Lula fosse solto, “achando” um fato novo para o caso: “a pré candidatura de Lula”. Bom o desenrolar, todos já sabem. Prevaleceu o que é justo: Lula continua preso…
Ridículo…
Por mais caminhos que tenha na legislação nacional para se soltar ou prender alguém, parece que o tal de Favreto encontrou uma das mais ridículas e perigosas saídas. Segundo a argumentação para libertar Lula, o desembargador (Meu Deus!…), basicamente disse que o ex-presidente, como pré-candidato à presidência da república, teria o direito a estar livre para fazer campanha. Ou seja, como a lei é (ou deveria ser) igual para todos, qualquer preso poderia se candidatar e teria o direito de ir pra rua fazer campanha. E tem mais, para aquele desembargador, pouco importa que a Lei da Ficha Limpa proíba explicitamente a candidatura de condenados em segunda instância. É, acho que já escrevi em algum tópico acima, que o tal fulano foi indicado a desembargador por Dilma Roussef, sem nunca ter sido juiz. Será que isso explica os acontecimentos?…
Talvez a explicação…
No G1, em um artigo no Blog do Helio Gurovitz encontrei um texto que explica, ou talvez explique toda a “tramoia” do final de semana.
“O que existe – e isso fica claríssimo pela própria argumentação usada na decisão de Favreto – é uma campanha política. A esta altura, o PT tem perfeita noção de que a lei impedirá a candidatura Lula. Mas precisa dela viva se quiser ter alguma chance de retomar o poder. As pesquisas que incluem o nome de Lula o põem na frente dos demais candidatos. Qualquer indicado por ele – como o ex-governador baiano Jaques Wagner ou o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad – seria competitivo”. Então…
Por Eduardo Socrates