Saco sem fundo…
Já defendemos nessa coluna a tese de que todos os prefeitos que por aqui passaram fizeram algo de bom pela saúde municipal.
Uns atacaram mais o pronto atendimento, outros a urgência e emergência e outros ainda o aparelhamento das unidades.
E sempre dissemos que a saúde é e continuará a ser um saco sem fundo e o calcanhar de Aquiles de todas as administrações municipais que por aqui passaram e que ainda passarão.
Vejam um simples exemplo: no dia 24 de julho próximo passado, o prefeito anunciou a primeira empresa de saúde que aderiu à nova lei que permite trocar impostos atrasados (dívida ativa) por serviços prestados à comunidade rio-clarense.
Frases de otimismo foram ditas, tais como: “Temos uma estimativa inicial de realizar aproximadamente 1.000 cirurgias eletivas de média complexidade, em pacientes que estão na fila de espera”.
Pois bem, em 16 de agosto, menos de um mês depois, o prefeito anuncia que reuniu-se com representantes do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Piracicaba para discutir ampliação do atendimento de alta complexidade na área de cardiologia.
O histórico das relações entre DRS de Piracicaba e o município de Rio Claro, não nos deixa confiante em um final feliz para essa solicitação do prefeito municipal.
Esses exemplos é só para mostrar que por mais que se faça, sempre restará algo mais a ser feito na área de saúde de qualquer município.
E é por isso que essa área será eternamente o carro chefe nas campanhas eleitorais…
Falando nisso…
Falando em campanha eleitoral e área da saúde, lembro-me perfeitamente que em campanha eleitoral prefeito e vereadores prometiam dar mais apoio à Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro.
E não é que agora discutem a obrigatoriedade da Santa Casa assumir o Pronto Socorro Municipal Integrado (PSMI)!
Então, para quem dizia que daria mais apoio à entidade Filantrópica, não nos parece que isso esteja acontecendo, pois, enfiar goela abaixo da Santa Casa a manutenção do Pronto Socorro, nos parece mais estar pisando na cabeça de quem já está se afogando.
Antes disso, deveriam tomar providências para que os pagamentos à Santa Casa fossem feitos religiosamente em dia. O que AINDA não acontece…
E baixar para doze? Quando acontecerá?…
Segundo release da Câmara Municipal de Rio Claro, a casa economizará R$ 300 mil por ano, já que o contrato mantido com a Rede Claret para transmissão das sessões camarárias se encerrará em setembro e não será renovado.
Muito bem, já que é para economizar, que seja. E também a emissora poderá utilizar aquele espaço para apresentar algo que possa lhe render uma maior audiência e, consequentemente, um maior retorno em publicidade.
Mas, se é para economizar, por que é que a conversa para diminuir para 12 as cadeiras do legislativo não entrou ainda em pauta da Ordem do Dia?
Que a Câmara precisa economizar, e muito, não resta dúvida. Que dezenove vereadores não alteraram em nada (para melhor) a qualidade do nosso legislativo, é muito mais do que verdade.
Doze vereadores já, agora!…