E as casas vão caindo…
A expressão policial “A casa caiu”, nunca foi tão utilizada na política local. Depois do vereador condenado em primeira instância pela prática do “Rachid” (ficar com boa parte do salário de comissionados não concursados), veio o caso do ex-assessor parlamentar acusado na área criminal por estelionato e na área cível por improbidade administrativa por obter vantagens ilícitas, usando a ingenuidade do vereador, inteligentemente eleito por ele. É não podemos fazer vistas grossas pela inteligência do homem. Pena que não usa a inteligência para o bem.
A última notícia vinda através do Portal do Ministério Público de São Paulo é que uma política (várias vezes candidata a vereadora no município), Roberta Escrivão Campos, acaba de ser condenada em primeira instância, juntamente com uma ex-diretora do Grupo de Apoio e Defesa dos Animais (Gada).
Segundo o Portal do Ministério Público, “elas foram condenadas por improbidade administrativa após terem usado, de forma ilegal e indevida, bens e recursos públicos da entidade em proveito pessoal.
A Justiça determinou que tanto Roberta quanto Ana Maria deverão restituir valores recebidos pela Clínica do Gada, além de pagar multa civil de duas vezes o montante indevidamente apropriado da entidade. Além disso, as duas ficam proibidas de contratar com o poder público por cinco anos e têm os direitos políticos suspensos por igual prazo”.
Como a condenação é em primeira instância as rés tem ainda recursos e, portanto, ainda podem reverter a situação, muito embora seja difícil isso acontecer.
E, assim, vão caindo as casas no meio político municipal. E torçamos para que a justiça, no embalo da Lava Jato, continue o trabalho de limpeza…
Custo benefício R$ 0,00…
Notícia recente mostra ser a Câmara de Rio Claro uma das que mais gastam no estado. Entre as 644 cidades (exclui-se a capital), a Câmara Municipal de Rio Claro, com 204 mil habitantes e 19 vereadores teve um gasto de R$ 26,8 milhões.
Entre as cidades com população na faixa de 200 a 250 mil habitantes, Rio Claro só perde para Cotia, que tem quase 245 mil habitantes, 13 vereadores e gastou quase R$ 32 milhões.
Em comparação com a cidade de Marília, por exemplo, que tem 237 mil habitantes, 13 vereadores, gastando apenas R$ 10,9 milhões, o disparate é ainda muito mais acentuado.
Quando se regionaliza então, Rio Claro mostra o quanto a sua Câmara é perdulária. Piracicaba, a cidade que mais gastou na região, tem 401 mil habitantes (quase o dobro de Rio Claro), 23 vereadores, gastou R$ 31,5 milhões.
Fossem os nossos 19 (Meu Deus) vereadores ativos, funcionais, presentes e se TODOS conhecessem a sua função, nada demais. Afinal, o que é bom quase sempre custa caro.
O duro é você gastar todo esse dinheiro e o retorno ser quase nada. Não é fácil gastarmos todo esse dinheiro, para que nossos NOBRES andem de cabeça baixa pela cidade procurando buracos na rua para fazer mil requerimentos para tapá-los ou então distribuir títulos sem nenhum critério lógico…